A primeira impressão que tive de Berlim foi cómica. A rapaziada que seguia no mesmo voo que eu, e com quem esperei pelas malas numa minúscula sala do aeroporto, desata a assobiar o «Wind of Change» dos Scorpions mal pisamos solo berlinense. Irresistível, quando ainda por cima carregavam debaixo do braço estojos de guitarra e demais acessórios musicais.
A segunda impressão é que é uma cidade altamente arborizada, o que por si só seria coisa para me fazer engraçar com ela. As minhas companheiras de viagem estão, neste momento, a rir-se (outra vez) da quantidade imensa de retratos que tirei às árvores germânicas - mas uma cidade verde é, sem dúvida, outra loiça.
Outra coisa que cativa, em Berlim, é uma certa decadência charmosa, como se a pesadíssima herança cultural e histórica da cidade estivesse, ainda, a tentar encontrar o seu lugar no século XXI, adaptando-se de forma muito peculiar - por vezes, quase kitsch - à modernidade.
(de cima para baixo: uma igreja que perdeu a cúpula num dos bombardeamentos da II Guerra, e que para efeitos de memória futura foi mantida assim; um autocarro retro estacionado perto da famosa Banhof Zoo "de" Christiane F; a catedral da cidade, numa tarde de calor imenso)
Há 13 anos
2 comentários:
Adorei o bus azul! Tem a côr parecida com o a do meu carro :)
E nós já tivemos iguais, só que primeiro em verde escuro, e mais tarde laranja..
Claro que certas cidades europeias de mentalidade evoluída continuam a mantê-los.. ;b
Eu tenho uma vaga, muito vaga ideia de ver autocarros desses na Baixa do Porto. Mas devia ser muito pequena - nem me lembro da cor...
Quanto ao veículo acima, tinha ar de estar na reforma : ) À porta estava um senhor com ar de hippie e um cachorro de focinho simpático. Isto foi perto da famosa Banhof Zoo, da heroína de todos nós, Christianne F.! :D
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