Talvez por não ir ao Porto há algumas semanas, talvez por já não me lembrar da última vez que festejei o São João - alguma coisa me deixou nostálgica no fim-de-semana passado, ao ver, pela televisão, a Invicta bailar e martelar.
Sem demérito para as actuações dos artistas pimba no palco da Ribeira, os meus destaques pessoais vão para a miúda que fez frente ao grande Hélder Reis (ele no seu habitat natural, os exteriores; ela, quatro ou cinco anos feitos, a bombardeá-lo com perguntas como «e os teus amigos, como se chamam?» ou «o que é que tu comes no São João? Só isso?!», recusando-se a devolver-lhe o microfone); para o miúdo que, no meio do mosh ao repórter, saltou para cima da câmara e causou (?) a interrupção da emisssão durante um minuto ou coisa assim; e para a senhora negra que, de relance, vi numa barraquinha de sardinhas e fêveras, muito sorridente e empenhada. É um destaque estranho, eu sei, mas quem está habituado ao Porto e à sua homogeneidade étnica poderá perceber o que eu quis dizer.
Além das sardinhas e dos pimentos, do que tive mais saudades foi do cheiro a manjerico (até comprei mangericão para temperar uma salada, dias depois!) e daquele bafo morno e meigo que, mesmo que chova, sempre se sente na noite de 23.
A ver se para o ano volto.
Há 13 anos
2 comentários:
e como sempre não faltou a orvalhada ;)
Tão bom : )
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