Acabo de dar de caras, na casa-de-banho do meu local de trabalho, com uma bonita cena. Três senhoras - deduzo que pelo menos uma delas não fosse funcionária desta empresa - debruçadas sobre duas caixas grandes de joalharia (brincos, medalhões, anéis). Uma delas, claramente a vendedora, tenta convencer as outras dos méritos da sua mercadoria.
«Parece latão...», arrisca uma das potenciais compradoras.
«Latão? Por favor, não me ofenda!», riposta a comercial.
Entro no WC e espero que elas se vão embora, para com mais calma prosseguir o meu serviço. Nada.
«Pois, ando um bocado doente por causa de umas asneiras que fiz...», confessa uma das vozes.
«Então?»
«Umas coisas que tomei para emagrecer... depois fiquei assim!». [tosse]
Despachei as necessidades da forma mais silenciosa possível, saí, lavei as mãozitas e deixei as três, ainda em amena cavaqueira, obstruindo o lavatório e a entrada da casa-de-banho desta empresa onde trabalham (e, portanto, mijam e cagam) mais de 400 pessoas.
Há 13 anos