Duas razões pelas quais gosto dos clássicos da literatura: encontram-se a preços baixos/irrisórios, se não nos importarmos de ter na estante uma encadernação fatela (eu não me importo), e geralmente percebe-se a razão pela qual são considerados clássicos. Gostando ou não do livro, julgo que nunca me aconteceu chegar ao final de uma dessas obras com a sensação de não ser «nada de especial».
Graças a uma feira do livro na estação de metro de Sete Rios (!), os três livros que mais me ocuparam, nos últimos tempos, foram (por ordem cronológica): Lolita, de Nabokov, Crime no Expresso do Oriente, de Agatha Christie, e Retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde. A historinha de mistério foi, visivelmente, um «tira-gosto» no meio dos restantes, cujo imaginário erm... intenso me marcou bastante.
Agora comecei a ler o Crime e Castigo; vou na página 80 de 511, acho. O raio do livro incomoda-me e cansa-me imenso, não porque seja particularmente difícil de ler, mas porque todas as (não muitas) personagens parecem estar constantemente num estado febril de inquietação, muito próximo da demência. A toda a hora. Quando acabar este, quero ler uns do Saramago que tenho em atraso, mas depois hei-de pedir sugestões de literatura "light" feita por russos. Não quero ficar com a ideia de que vivem todos em quartos do tamanho de dispensas, alimentados a pão preto e a cuspir sangue página sim página não.
Há 13 anos
2 comentários:
o jogador é excelente, grande ensaio sobre alguma psicologia humana, adorei esse livro
Vou tentar ler quando acabar este. Já vou perto da página 300, weeee!
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