terça-feira, 15 de maio de 2007

Boa coisa não é

Estive, há pouco mais de uma semana, na localidade algarvia celebrizada pelo Toy (Olhos de Água). Tudo muito bonito (e pago! Ganhei um fim-de-semana na região, no sorteio de umas rifas de solidariedade...), tirando os cravas que tentam impingir publicidade a tudo o que mexe. À terceira (e derradeira) vez, foram uns mitras que vieram ter connosco, à saída do carro. Optámos por ficar dentro da viatura, de porta fechada, enquanto o diálogo decorria da seguinte (e elegante!) forma:

- Bom dia! São portugueses?, pergunta o tipo de bronzeado das barracas e brinquinho à chunga.
- Não, respondo eu.
- Ah, são portugueses!...
- Sim, mas não estamos interessados. (eu outra vez, que má!)
- Não está interessada em quê, minha senhora?, tenta o mitra.
- Em nada. Eu não estou interessada em nada!
- Mas se ainda nem sabe o que é!..., lamuria-se o homem.
- Olhe, boa coisa não é.
- ... boa coisa não é?, repete o tipo, intrigado.
- Não! Não deve ser, pois não?

Nisto, o chunga hesita. Acaba por dizer «Obrigado» e bazar. «Ora essa», respondo eu. Nunca julguei que dizer a verdade fosse tão eficaz!

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