Sabemos que «Rehab», de Amy Winehouse, é o «Crazy» de 2007 quando entramos numa camioneta da Vimeca, ao fim da tarde, e ouvimos a voz borrachona da inglesa a sair do autorádio do condutor.
Tal como a musiqueta dos Gnarls Barkley, aos primeiros segundos de «Rehab» temos a sensação que a música podia ter sido feita em qualquer uma das quatro décadas que nos antecedem (tirando uma batidita aqui e acolá, na «Crazy»). Acho que é esta aura de intemporalidade que levou as rádios mais cafonas a abraçar músicas tão recentes e relativamente jeitosas (no que toca aos Gnarls Barkley, continuo a achar que os Pigeonhed faziam melhor, em finais dos anos 90. A Amy legisla bastante, no campeonato talentosa-ordinarona).
Ainda sobre o «Crazy», o começo da música faz-me sempre imaginar uma plateia de olhos esbugalhados e ar pensativo, como a que assiste ao «Purple Rain» do Prince, no respectivo vídeo.
(Já agora que aqui estou - e que não consigo encontrar imagens do tal vídeo - há lá coisa mais deprimente que aquele solo final de guitarra, no «Purple Rain»?)
Há 13 anos
2 comentários:
Ainda não ouvi...lol excelente lista de álbuns (presumo que estejam em audição, por a maioria ser de 2007). O fiódor é realmente brilhante...
Obrigada pela visita, Jorge! : )
Aqueles são os discos que mais tenho escutado este ano, sim.
Quanto ao Dostoievski, acabo de acabar o livro, passe a redundância. Vou sentir saudades daquele maralhal ;)
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