Ainda sobre o Mundial (nos dias que correm, não dá para lhe escapar, nem sei se quero): compreendo que os senhores que mandam nestas coisas desejem que a transmissão se centre nos jogos, mas ignorar coisas como a entrada em campo de um adepto croata, durante o jogo com o Brasil ontem à noite, é um bocado ridículo.
Não mostrar imagens quase nenhumas das pessoas que, na bancada, fazem a festa é, a meu ver, tão estúpido como, nos resumos das partidas, mostrar
só essas imagens e ignorar os golos, jogadas mais perigosas, etc.
Ontem, quando o dito fã da selecção aos quadradinhos entrou em campo, obrigando à interrupção do desafio, o realizador optou por mostrar os jogadores a olhar para o ar ou uma ou outra claque nas bancadas. O valente croata, nem vê-lo. Este tipo de edição é uma palhaçada e raia mesmo a censura. O facto, a notícia naquele momento era a entrada em campo do gajo, e não o jogo, que por acaso até estava parado.
(Qualquer dia entra um elefante em campo e os comentadores: «Pois é, pois é, a relva está bem verdinha!»)
Nem tanto ao mar, nem tanto à terra. Ou seja, não é preciso centrar as reportagens em fait
-divers como o champô favorito dos jogadores, nem fazer de conta que um mega-evento como o Mundial de Futebol se faz apenas com uma bola e 24 pés.