... do Roofy e de todos os que, como nós, se deixam comover com quatro patitas cheias de pêlo e aquela «burrice cheia de doçura».
«Não posso ver um cão na rua, nem gosto de olhar. Você não sabe que revelação foi para mim ter um cão, ver e sentir a matéria de que é feito um cão. É a coisa mais doce que eu já vi, e cão é de uma paciência para com a natureza impotente dele e para a natureza incompreensível dos outros... E com os pequenos meios que ele tem, com uma burrice cheia de doçura, ele arranja um modo de compreender a gente de um modo directo» , Clarice Lispector em carta às irmãs, citada na biografia Uma Vida.
Há 13 anos
2 comentários:
é tal e qual. uma ternura que não se explica e que só compreendi quando conheci a bobina.
eu não posso ver um cão na rua, sem trocar umas palavrinhas com ele. outro dia, ao passar em frente à mítica zínia, reparei que estava um cão preso à porta à espera da dona. não consegui avançar. fiquei a conversar com ele até a dona sair, finalmente, abastecida de salgadinhos :)
Oh, eu acho que conheço esse cão! :D Por vezes vou buscar jantar ou uns croquetitos à Zínia e vejo-o lá : ) E eles percebem que nós os percebemos, e lá nos recebem com aquele sorriso ternurento de cachorro... : )
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