Finalmente, uma revista que fala sobre os melhores cafés da cidade, as frases que se escutam nos transportes, os supermercados de trazer por casa, os melhores programas dos canais mais obscuros, os transeuntes que nos chamam a atenção - e os discos, livros, filmes e teatros que às vezes também consumimos. Chama-se
Time Out Lisboa, tem muita graça e, em duas semanas, já me habituei à ideia de que Quarta-feira é dia de ir ao quiosque comprá-la.
Noutro registo, e apesar de não ser meu hábito usar o blogue para publicitar a revista que me põe o pão na mesa, desta vez gostava de vos convidar
a comprar a BLITZ. Além de tudo o que já vem sendo hábito neste ano e pico (entrevistas, artigos, belas fotos, críticas, o Diabo a quatro) há um texto desta vossa lacaia sobre os National. Olhai aqui um excerto da entrevista com o Matt Berninger:
«
'Anoto pequenos pormenores que pareçam interessantes. Às vezes parecem benignos, vulgares, mas julgo que as canções também precisam disso, para se ancorarem na realidade. Na mesma canção, ponho pormenores muito específicos e mundanos, lado a lado com metáforas mais abstractas, e a combinação é que dá peso e honestidade à canção'.
Um exemplo é «Fake Empire», o magnífico tema de abertura de Boxer, nascido de uns esboços de Bryce Dessner à guitarra e da frase «we’re half awake in a fake empire», rabiscada algures por Matt Berninger.
'Há quem a interprete como canção política, o que eu entendo, porque parte de uma observação algo política, mas o resto da canção é mais sobre escapar, sobre uma necessidade de permaneceres meio adormecido – ou meio acordado. Tornou-se numa canção sobre abandonares tudo e ficares num mundo de fantasia. É menos uma canção política e mais uma canção sobre embebedares-te um bocadinho, ires sair e fingires que está tudo bem', elucida.
'Surgiu muito rapidamente e tornou-se a canção perfeita para abrir o disco, porque cria ali um ambiente e o resto do disco também lida com esse tipo de coisa: desligares-te'. »
São só 2,5 euros e traz um vinil e um livro de oferta. Agora o que ficava aqui bem era a foto
do JG desta entrevista...