domingo, 1 de fevereiro de 2004

O Sofá Verde começa por pedir desculpa pela longa ausência. Curiosamente, esta batata tem estado tudo menos sentada, a ver os bonecos a passar -- o começo de ano tem sido animado, ainda que pouco animador, e as coisas que a televisão tem escolhido para passar dão(-me) mais vontade de chorar do que de rir, e aqui partilhar essas gargalhadas.

Esta batata arrepiou-se até ao último tubérculo com as imagens, faz hoje uma semana, da queda de um futebolista de um clube que não é o seu, mas que, naquele momento, a fez tremer como se de um amigo de longa data se tratasse. Achei bonita, se bem que estranha, a solidariedade unânime causada pelo seu súbito desaparecimento, e andei uns dias a pensar nisto. Ontem, quando me acordaram para dizer o que o treinador de outro clube (que também não é o meu) diz-que-disse sobre um jogador de ainda outra equipa (que, juro que não estou a gozar, também não é minha), concluí que o luto devia ter sido levantado. E de cabeça pouco erguida, porque antes a dignidade sóbria de antes que a palhaçada circense de hoje, lá me arrastei de volta ao Sofá.

Com pouco para contar, mas algumas coisas a merecer um alerta máximo: no "Morangos com Açúcar", esse anti-depressivo que a TVI agora me serve em dose dupla, personagem completamente maléficas deram à costa do Colégio da Barra. Ao aprendiz de Sapinho junta-se agora a filha perdida da Professora Constança (Samarinha, estou contigo! Tantos "oh querida" também me põem a cabeça em água...), uma miúda abandonada à nascença, e quase dá perceber porquê. A gaja tem o condão de ser mais irritante que metade das outras personagens juntas, ou que a mania de o filho da Helena Isabel ajeitar os óculos com as palmas das mãos abertas. Está sempre enjoada, viveu nos EUA mas não tem sotaque, aparte um ocasional e mal esgalhado «OK, you know...» e abre-me o apetite para a cacetada. Fez, no entanto, a boa acção de mandar o Ricardo (beto mais acalorado da história) dar um mergulho num lagueco qualquer, disseram-me ontem. Se não soubesse que os dois hão-de acabar juntos, a carpir maldade pelos cantos de uma qualquer escola profissional, não lhe(s) tinha metade do pó actual.

Mas porque se faz tarde, e não quero que vos falte nada, o mais importante aviso é: hoje (1 de Fevereiro), os Anjos vão actuar no Colégio da Barra! E foi a própria (barra -- trocadilho foleiro, mas saiu-me) que o anunciou: numa tentativa de salvar a escola da perdição (o Sapinho fez publicar uma notícia na qual se diz, e com propriedade, que o colégio tem uma directora ex-tocicodependente, um professor tarado, outro assassino, e um aluno de passado criminoso), o Rafa arranjou um espectáculo... para angariar dinheiro... e quem melhor para agradar à chavalada de uma escola secundária de Cascais que os Anjos?

Olé, TVI e reciclagem de artistas em novelas, Olé!

Prometo um regresso, em breve, e em melhor forma. Até lá... Vão imaginando gente como esta:



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