sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

É o regresso das árvores...

É o regresso das árvores - agora a solo - e da frase/legenda/citação que melhor assenta a este tipo de foto...



SERVE ME THE SKY WITH A BIG SLICE OF LEMON

PARABÉNS!

... à mamã do sofá e de tudo o que há nele.

A mancha da demência


Nota: o concerto ainda não foi oficialmente anunciado e os bilhetes estão à venda há dois ou três dias. E aquele cadeirão mesmo lá à frente já esteve reservado.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Taxista palavroso

Até era simpático, o senhor taxista que ontem tentou levar-me de Benfica até Algés, contra tudo e contra todos (ou seja, contra as cheias e os automobilistas furibundos).

As suas palavras favoritas: CALDEIRADA (ex: «isto ali para Sete Rios com a água deve estar uma caldeirada desgraçada») e DESEMBORREGAR (OK, esta só usou uma vez, mas é tão boa que tive de anotar. Ex: «Eu bem tentei desemborregar, metendo por Pina Manique, mas também estava uma caldeirada»).

De férias

Depois do brilharete anunciado abaixo, o meu subconsciente demitiu-se de mais canseiras.

Como quem diz: «Adivinhei-te aquilo e fiz-te passar por esperta, agora deixa-me descansar, boa?».

E eu deixei. Quando acordei, esta manhã, estava a sonhar que matava um mosquito.

Temporal

No meio de toda a desgraça, salvam-se duas grandes fotos: a do JN e DN (abaixo) e a do Público, que é mau e não me deixa copiar a imagem. Eu vi isto ontem à noite, pois vergonhosamente sou uma pessoa que acha excitante esperar pela uma da manhã para ver o Pedro Mourinho, na SIC Notícias, a riscar com um marcador cor-de-rosa fluorescente as capas dos jornais da manhã seguinte.




segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Um dia feliz (parecendo que não)

De ontem para hoje não dormi nada, aflita com a tempestade - o maior trovão que já ouvi na vida fez-se anunciar pelas quatro e meia - e intempéries de outra ordem.

De manhã, com ingenuidade acredito que toda a gente pegou no carro para ir para o trabalho, e que o 729 estará vazio à minha espera, na paragem. Em meia hora, não passa um único autocarro da Carris numa Estrada de Benfica caótica - em minha casa havia luz, mas nos cafés mais abaixo, as portas abriam-se apenas para mostrar estabelecimentos escuros e sorumbáticos. Deles, as pessoas saem com cara de poucos amigos - e cara de falta de cafeína também. Não sei porquê, começo a lembrar-me d' O Ensaio Sobre a Cegueira; tenho medo.

Decido apanhar um táxi até Algés. A viatura fica presa no trânsito logo aos primeiros segundos da viagem e a certa altura desisto de sequer olhar mais para o taxímetro. Se morresse alguém era pior, chego a pensar a certa altura. Curiosamente, na altura de lhe pagar os 17 euros por cerca de uma hora de convívio forçado, o taxista despede-se com as palavras «olhe, ao menos não morreu ninguém, menina». Telepático, no mínimo.

Chego ao trabalho duas horas e meia depois de sair de casa. Estou mal disposta e o trabalho, que tem de ficar todo pronto hoje, não tem fim à vista. Só consigo sair, insatisfeita com a qualidade do que deixei feito, perto das nove. Chego a casa a tempo de tragar qualquer coisa aquecida no micro-ondas. Primeira vitória desta Segunda-feira: ainda apanho o House e a expulsão, bem bonita, lá da outra bimba (obrigada pelo consolo, visitante anónimo!).

Louça lavada, casa-de-banha da gatucha limpa e chão da cozinha varrido, ponho um chá a fazer. Penso que a única emoção que o dia me reserva pode, com algum jeito, residir nalguma série tola dos canais do costume. Vou à sala sem razão e reparo que o telemóvel toca. Tento tirá-lo da mala, que está presa na cadeira, mas a palerma da gata, a quem o toque não agrada por aí além, começa a esgadanhar-me pernas e braços. Agarro o telemóvel no último toque - ainda a tempo de ver «Leonor».

Um pressentimento assola-me a alma e corro para o computador enquanto tento retribuir a chamada.

Sim. 11 de Maio. Aula Magna. Um ano depois, mais dia menos dia. The National.

Podia terminar o post dizendo que ainda há justiça neste mundo, mas não resisto a contar um sonho que tive recentemente, para me vangloriar ainda mais do meu subconsciente: nesse sonho, a Sara e a Leonor - arautas desta notícia na vida real - descobriam, numa ida ao Garage, que os National iam ao Santiago Alquimista a 23 de Maio. Os bilhetes custavam 14 euros e a organização era da Everything Is New. Na mesma noite, actuavam em Lisboa os Mercury Rev.

Pá, mais coisa menos coisa, estou pronta para entrar no mercado da Alcina Lameiras. Ana Martins, Leonor, Moonshiner - depois apareçam por aqui para confirmar que eu vos falei deste sonho... o que tive a dormir, que no outro ainda não acredito : )

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Romantismo mediterrânico

No Dia dos Namorados, espero que os meus amigos tenham recebido, no mínimo, 24 mil beijinhos cada um. Eis a minha contribuição para a saúde da sua vida afectiva (desculpai lá a meia de vidro enfiada pela cabeça abaixo):



(24 000 BACI, um original do cançonetista Adriano Celentano, tocado ao vivo e com respeito pelos Mr. Bungle, em 1995. O original, reconheço, é ainda melhor e pode - e deve - ser visto aqui.)

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

HOUSE

Quase tão bom como o Mike Patton a dizer «canciones lentos» foi, nesta Segunda-feira à noite, o House a dizer «castanhas do Pará». Senti um pequeno arrepio, e nem tem estado assim tanto frio ultimamente.

Agora, há necessidade de o emparelharem com uma tipa esquelética, cabelo impecável, perfil de top model? E a simpatia pelos pobres de espírito - e de corpo - que gostam de ver a série e não se revêem em tais estampas?

Estou chateada.

(Susana, ainda só vi para aí até ao episódio 5. Não me venhas já com os teus spoilers em catadupa.)

Boa Noite e um Queijo

Depois do descanso na semana do Carnaval, a Ana Martins e esta vossa lacaia voltaram aos estúdios da Rádio Zero. Brevemente, o linque para ouvirem em diferido, aqui.

Nem uma coisa nem outra

A minha semana começou da melhor maneira.

Atrás de mim, na paragem de autocarro, um velhote explicava como uma ida ao hospital e os avanços da medicina tinham feito maravilhas pela sua saúde.

«Já não tenho nada na prósta, nem costróis, nem nada!», exclamava, ufano.

Mas o senhor era especialmente achacado dos intestinos. Nada que uns clisters não tivessem ajudado a resolver.

«Mas agora já está bom?», perguntou, ansioso, um dos interlocutores, precipitando a conclusão triunfal do nosso herói:

«Sim, agora estou! Mas dantes, nem órinava nem cagava!».

Sonhos

Há poucas coisas mais reconfortantes do que acordar de um sonho mau. A confusão ainda é alguma, o coração bate fora do ritmo Becel, mas o alívio de percebermos que o cenário que ainda há poucos segundos parecia tão realista é, afinal, uma construção da nossa imaginação é muito bem-vindo.

Esta noite, sonhei que se tinha descoberto que o Andre Agassi tinha tomado, em determinada altura da sua carreira, substâncias dopantes. Por isso, iam ser-lhe retirados os Grand Slams (Open da Austrália, Roland Garros, Wimbledon, US Open - nunca é demais salientar que os papou todos) que tinha ganho.

Sonhei, inclusive, com as manchetes dos jornais. Uma falava no «período dourado dele», e o Expresso - uau, sonhei com o Expresso. Que erudição! - fazia mesmo uma chamada de capa com a terrível notícia.

A foto era da colheita 1993/4 e o título o seguinte: «Andre Agassi pode perder o seu canto na história» (até que nem era um mau título, não senhora).

Depois acordei, graças a Deus.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

FNM (ainda)

Maléfico, despachado e com bom aspecto aos 40 anos - respeito pelo Mike Patton.

Quanto à possibilidade de reunião, provavelmente não passa disso mesmo, mas adoro ver (e, pronto, sentir) reavivadas as chamas do toledo.

Frase lindíssima que encontrei no fórum do festival de Coachella:

«If FNM reformed for Coachella, I'd go on a starvation diet so that I could fit into my old FNM tour tee.»

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Um linque amigo

Um linque amigo, enviado por um dos suspeitos do costume, para suavizar a minha tarde.

YOU WEAR YOUR SKIRT LIKE A FLAG:

Paixão recorrente

Com uma voz destas, os discos nem precisam de ser muito bons.

Votava no Mark Eitzel para Presidente do que ele quisesse.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Quem diria, que um dia...

Nunca pensei que a minha gata me viesse a dar motivos de orgulho. Quer dizer, eu acho-a fabulosa e dotada de uma inteligência apenas ensombrada pela minha (cof), mas para quem vem de fora, reconheço que é uma bicha desagradável. Só se mostra ronronante quando as visitas vão embora e não raras vezes exibe as garras nos momentos mais inoportunos (todos, portanto).

Foi assim com estupefacção que assisti à rendição de Dona Shiva Maria perante o charme natural da minha amiga Suz. Cheira-mão, encostanço nas pernas, colinho. Inédito, se não contarmos, é claro, com o rendez vous Shiva / Anita, uma amiga desta vossa serva cujo ADN nesta altura se confunde já, estou certa, com o dos felinos.

A Suz registou o momento com emoção no seu blogue, o que me encheu de tolo mas genuíno orgulho. Directamente dos seus escritórios, Shiva disfarçou o entusiasmo com a fleuma do costume.






Infelizmente, Spooky Suz, nem tudo são boas notícias. Esta menina que vês acima revelou-se uma fã extremamente old school dos X-Files. Desde a terceira ou quarta série que não reage ao assobio do genérico nem dá patadas no écrã. Um desgosto.

Sonhos

Este fim-de-semana sonhei com o House. Ele era meu professor ou mentor e, à sua sarcástica mas oh tão charmosa maneira, preocupava-se com a minha vida familiar.

Minutos mais tarde, estava eu a calcorrear as ruas de Nova Iorque (o House ficou no Porto). Na Big Apple, encontro a minha amiga Ana, que na vida «real» vive agora na Holanda. Ela estava à espera de um comboio / metro de superfície, acompanhada de um amigo que anunciou estar interessado apenas na Linha Amarela: a que parava em Viana do Castelo.

Sempre na vanguarda dos transportes, Nova Iorque tinha também um ror de aviões que, ao invés de descolarem como Deus quer, levantavam voo de forma paralela ao chão (como uma nave espacial, portanto). Ainda assim, andava-se bem por lá.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Não tenha emenda

Os Portishead vão voltar (aos discos, concertos, Portugal, tudo). E isso faz-me lembrar o quê (além de uma memorável subida à Serra da Estrela que pelo menos uma leitora deste blogue também deve recordar com alguma nitidez)?

Lembra-me isto:





Tive o concerto todo gravado numa cassete audio (uma daquelas azulinhas da TDK, se não estou em erro). Mas só hoje me lembrei de conferir se também havia disto no YouTube. Obrigada, pessoas brilhantes que inventaram esta Arca de Noé dos tempos modernos.

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Tempos idos

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