segunda-feira, 28 de fevereiro de 2005

Pluto & Prata, Lda.

O meu colega e amigo Paulo Rico desencaminhou-me; disse-me que devia escrever qualquer coisa, aqui neste tasco, sobre as minhas mais recentes aventuras de fim-de-semana, envolvendo cães de BD e metais muito preciosos. E como eu sou bem mandada...

Na semana das eleições, fui ao Porto ver Nuno Prata e, no dia seguinte, os Pluto a um novo bar da Invicta, bem ao fundinho da Rua da Alegria. Chama-se UpTown e deve levar tanta gente como a minha casa (o que me dá uma secreta esperança de, um dia, conseguir organizar um espectáculo no meu 4º direito. Adiante).

Na Sexta, saí do UpTown com um sorriso no rosto. O Nuno Prata mais seguro do que nunca, a apresentar, com a inspiração e o sossego necessários, aquelas músicas que, agora como sempre, quero ouvir em CD. Sim, o sonho tornou-se realidade, e se tudo correr bem, ainda este ano temos festa. Peixe e Kinörm, nomes que dispensam apresentação junto dos fãs de Ornatos e afins, juntaram-se ao concerto, nas últimas cinco músicas. Flashbackes aparte, foi um grande momento. Nunca mais o 'Guarda Bem O Teu Tesouro' me soará da mesma maneira!... E a alegria estampada na cara dos três músicos, o Kinörm a cantar as letras, o Peixe a brilhar como ele só, são imagens que acalentarei durante muito tempo.

No dia seguinte, o motim previsível. Pôr os Pluto a tocar num bar daquele não-tamanho equivale a meter o Rossio na Rua da Betesga, ou lá como é que se diz. À quarta música já não havia alinhamento (alguém o roubou); o microfone tinha o suporte fora do palco; a risota era pegada entre músicos e assistência... Para mais tarde recordar? As partes cantadas em uníssono pela assistência, a banda retida em palco no final do concerto e obrigada a repetir o 'Entre Nós', um 'Algo Teu' interpretado (dedicado?) pelo público, para a banda. Words cannot describe...

Esta Sexta-feira, fui conhecer o Cais da Oficina, um novo bar do... Montijo, que me pareceu aprazível qb para concertos rock. Perto de Lisboa e tal, estava cheio para receber mais um bom concerto (apesar das queixas de várias pessoas, que não conseguiram discernir com rigor os sons vindos do palco...). A sequência 'Convite-Prisão-Só Mais Um Começo' arrasou, e quando o Manuel Cruz larga a guitarra para atacar, quase literalmente, o palco e o público (ver a invariavelmente explosiva 'Lição de Adição' ou os inéditos lindivinais 'Não Há Quadrado Que Não Role' e 'Eu Podia'), é o fim do mundo. Não que não gostemos de te ouvir a tocar, Manel, mas quando estás solto, despertas o pior - ou será o melhor? - que há em cada um dos fãs. Bem, mas para isso há os Supernada...

O momento que gostava de ter fotografado: o final da 'Prisão', o sorriso e o abraço entre as duas guitarras, o calor («que é puro, que é bom, só acontece quando nada é claro...»).

Não sei se era isto que querias, Rico. Mas é isto que me aquece a alma.

Cheers!...

PS - Só o alinhamento podia mudar um bocadinho... mas suponho que a banda tenha mais que fazer do que pensar nos fãs que correm o país para os ver em repeat mode, eh eh!

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