Ela chama-se Tabatha, diz-se «dura» (tough) e «talentosa» (talented), e começa cada episódio a avisar que vai «tomar conta» (take over) de mais um negócio moribundo.
Depois desta aliteração, a maléfica mulher passe a pente fino (trocadilho involuntário!) salões de cabeleireiro onde os empregados se metem nos copos (durante o expediente) e os proprietários não sabem somar dois mais dois (às vezes, literalmente).
No final, geralmente a coisa compõe-se, quanto mais não seja para dar alguma razão de ser ao «reality show». Pontos de interesse: o tamanho dos salões (mesmo o maior cabeleireiro onde já cortei o cabelo é para aí um quinto dos salões que aparecem neste programa); os inevitáveis dramas envolvendo gente muito nova / lorpa / incompetente, que fica até ao último minuto a pensar que vai para a rua (o máximo que apanhei até agora foram despromoções para «cabeleireiro assistente»); a tara dos americanos com a hospitalidade, que implica a oferta de bolinhos e beberagem à clientela que vai chegando.
Com mais este programeco, a Bravo TV cimenta o seu lugar no meu coração como fabricante de lixo televisivo sem o qual procuro não passar. E, confesso, chego a dar por mim a sonhar com uma Tabatha portátil que pusesse na ordem certos e determinados negócios, escritórios e afins que conheço. Glamour e câmaras aparte, às vezes é só mesmo uma questão de bom senso.
Há 13 anos
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