quinta-feira, 2 de setembro de 2004

Momentos olímpicos

Agora que os jogos acabaram e o tempo (inclusivamente o meteorológico) convida à reflexão, deixo aqui no tasco a memória de um dos melhores momentos das últimas Olimpíadas.

O atleta português que não brilhou e, depois, acusou a federação de o ter deixado correr com sapatilhas rotas, arrependeu-se e, no aeroporto, já dizia que, afinal, a culpa tinha sido dele. A Federação até lhe podia ter dado umas sapatilhas novas, ele é que não soube «a quem se dirigir para pedi-las» (bem o compreendo; em qualquer empresa de média dimensão, saber a quem pedir o quê é, muitas vezes, um enigma diabólico).

Pergunta-lhe então o jornalista: «Está, portanto, a fazer um mea culpa

Responde o homem das sapatilhas rotas: «Hum... não, é culpa completa, mesmo. Foi toda minha!»

(Eruditos dum raio, estes jornalistas que abordam atletas que correm quase descalços com locuções latinas!)

Entretanto, outro dia sonhei que era metade de uma equipa olímpica de ginástica blues-rock, tendo realizado uma prova invejável, ainda que improvável, de corrida, ciclismo, malabarismos e música ao lado do Paulo Furtado, aka Legendary Tiger Man.



O júri não sabia muito bem o que achar da nossa pretação, mas nós sabíamos que tínhamos estado bem.

Eu até tinha um fato-de-treino prateado, e, no final, perguntava ao homem dos Wray Gunn se ele não queria que eu lhe cozinhasse alguma coisa, já que ao olhar para o que tinha no frigorífico, achei que bolos e suminhos não era ementa rock que se apresentasse.

Desculpa, Petra.

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