sexta-feira, 26 de junho de 2009

Michael

Não sei o que diga ou sequer o que pense sobre a morte do Michael Jackson. As leituras são tantas (pessoais, apesar de nunca ter sido fã; culturais, históricas) mas dentro de mim a sensação que perdura desde ontem à noite é a de que morreu não uma pessoa, mas um ícone imaterial como a Coca-Cola ou o Pai Natal. É um dia triste, seja como for.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Wake Up

Ao tempo que não ouvia esta cantiga. E parece que vou ver o rapaz no próximo Domingo!

(Aposto que a Cibele e a Mary se lembram desta.)

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Boa Noite e um Queijo

E para todos os que perguntaram (obrigada NC), o Boa Noite e um Queijo passou as últimas três semanas a banhos na Grécia. Acabo de verificar isso mesmo pelo ofuscante bronzeado da Ana Martins, deslumbrante aqui mesmo à porta de casa. Dado que a mentora do «shou» aterrou, sã, salva e sem malas, em Lisboa há coisa de poucas horas, pode ser que para a semana já tenhamos musiquinha nova, para acompanhar com tostas.

In The New Year

É engraçado como as vozes mais ásperas e hostis podem ser aquelas de que menos facilmente nos cansamos. Há meses que ouço o Hamilton Leithauser (ah, nome de homem!) arranhar a garganta para berrar «Out of the darkness / And into the fire / I tell you I love you» e não há maneira de me fartar. Todo o santo dia, mais coisa menos coisa, o meu leitor de MP3 encalha aqui. E ainda acredito que este ano é que vai ser (o quê não sei, mas vai).


As coisas em que uma pessoa tropeça

Tão, mas tão ao lado, que quase acerta no alvo (uma crítica ao Alligator alocada à ficha da banda na Wikipedia, que me chamou a atenção pelo 2/10 e que por curiosidade acabei por ler).

terça-feira, 23 de junho de 2009

Só Visto

Já aqui tinha manifestado o meu pequenito ódio de estimação pelo programa Só Visto e sua nova timoneira, Marta Leite Castro.

As «entrevistas» que, de quando em vez, apanho por lá merecem, porém, uma palavrinha aparte.

Esta semana, a homenageada - porque «tributo» é uma palavra fraca para descrever a masturbação mútua que são aquelas conversas - era a Helena Laureano. Como actriz, a ex-Miss não parece ter palmarés muito ofuscante, mas mais importante do que isso é salientar a completa inutilidade de toda a «conversa».

Começou, como não podia deixar de ser, com aquela que é já a imagem de marca da MLC: a segurar nas mãozinhas da convidada, com olhinhos de Bambie, permanentemente comovida. A partir daí, foi sempre a descer, com «perguntas» como «és tão linda, como consegues manter-te assim tão linda?», «tu fazes auto-crítica?» ou «como é que consegues ser tão linda, linda?».

Não espero de um espaço daqueles que confronte os entrevistados com assertividade e perguntas desconfortáveis, mas tanta «manteiga» também mete nojo.

Pequeno pormenor: a MLC disse que, nas suas pesquisas, encontrou uma frase que descrevia a Helena Laureano como alguém que passara «de miss fotogenia a actriz de corpo inteiro», e partiu daí para mais um longo elogio à senhora.

Submetendo o nome da actriz no Google, essa é realmente a segunda ocorrência de «Helena Laureano» - no site «gaijas da tv». É bom ver que escolhemos as melhores fontes.

Novelame de Verão

Bem sei que a minha reputação como espectadora não é das melhores: este blogue assenta, ou começou por assentar, precisamente na atracção fatal por programas abaixo de cão e o maravilhoso entretém que é ver séries, filmes ou anúncios especialmente maus (não medíocres nem assim-assim; maus-maus, só assim me consigo rir a bom rir e escrever aqui qualquer coisinha).

Mas mesmo eu, não parecendo, tenho limites, e a actual omnipresença do Cristiano Ronaldo & sus putanas nos telejornais portugueses causa-me náuseas. Que se fale ininterruptamente do raio da transferência (obscena - que números são aqueles?) é saturante; que a SIC e a RTP (a TVI já joga num campeonato aparte) dêem como segunda ou terceira «notícia» a «noite louca» que o repugnante mitra passou na companhia da Paris Hilton ou, 24 horas depois, com «uma loura e uma morena!», como anunciaram na RTP, com sorriso maroto e piscar de olho, entra noutro nível.

Não só todas as outras notícias do telejornal ficam feridas na sua seriedade por estas peças «divertidas», com musiquinha «jovem» de fundo e trocadilhos aos pontapés, como a pobreza de espírito nacional vem ao de cima. No fundo, o que se celebra? Que um português não só ganha rios de dinheiro como passa a noite com gajas, muitas gajas, algumas delas conhecidas na intimidade por três quartos da população do mesmo segmento que o CR7: bimbos e milionários. Se isto não é motivo para celebrar em pleno horário nobre, o que será?!

Os transportes, ainda e sempre

Há quem tenha ainda mais sorte que eu nas frases que ouve nos autocarros.

Go Mourinha!

Canções que salvam dias

Não sei muito bem por que razão os discos do John Vanderslice nunca tinham entrado, nem que fosse de esguelha, na minha vida. Mas com o novo Romanian Names, que aterrou literalmente na minha secretária, eis que a falha foi corrigida e pode dizer-se que agora não quero outra coisa. Se há canções que podem salvar um dia, a «Fetal Horses», «Tremble and Tear» e «Carina Constellation» podem muito bem ser as benfeitoras. Fãs de Shins, Elliott Smith ou Andrew Bird não vão daqui mal servidos.

Sangue

Ando a fazer uma espécie de tratamento para o que pode, ou não, ser uma anomalia na coagulação do sangue. E não há vez que pense nisso sem me lembrar dos Wilco e da deixa «something in my veins / bloodier than blood», da música «A Shot In The Arm», uma das minhas favoritas deles.

Mais transportes

Esta semana não tenho tido boleia para a estação de comboios, o que significa que convivo de perto com a inspiração (e a transpiração) dos passageiros do 729 e 750, duas das mais carismáticas carreiras da Carris.

Ontem ao fim da tarde, por exemplo, uns cachopos especialmente chungosos tentavam impressionar-se uns aos outros, emitindo comentários obscenos e arremessando piropos ordinários às moças que tiveram o infortúnio de sentar-se nas redondezas. Arrotar era outra das especialidades da triste pandilha. Gostei sobretudo desta pérola:

«Quando estás a comer a Deb'ra, olhas para a cara dela?»

Depois de algum debate, o inquirido concluiu que preferia «olhar para baixo», nem que isso implicasse confrontar-se com a visão do seu próprio órgão genital. «Prefiro ver uma pila do que a cara da Deb'ra», confessou, entre dois ou três grunhidos.

Já de manhã, escutei com agrado o incentivo ao consumo ligeirinho, nos ciganos do túnel de Algés.

«Vamos a despachar, que pode vir a polícia!», gritava uma das vendedoras, com voz de poucos amigos.

Pensamento do dia

Se quem tem cu tem medo, quem tem medo compra um cão e quem não tem cão caça com gato, será que quem tem cu caça - ou pode ter de caçar - com gato?...

Quando os autocarros demoram o que hoje demoraram a chegar ao meu destino matinal (o trabalho), há tempo para conjurar estas inanidades - e muito mais.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Tempos idos

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