terça-feira, 25 de março de 2008

Explosão floral

Num discurso proferido durante a deslocação que compreensivelmente apoquenta a Menina Alice, Cavaco Silva explicou que o tempo passado em Moçambique com a mulher o marcou - também - pela beleza da rua onde viveram. O facto de a dita artéria se chamar «Princesa Patrícia» influenciou, até, o casal na hora de baptizar a filha. Segue-se uma descrição emocionada (na medida do possível - estamos a falar do Cavaco Silva) sobre a «explosão floral» que caracterizava a Rua Princesa Patrícia.

Explosão Floral. Será que o senhor que escreve os anúncios do champô Herbal Essences anda a fazer um part-time tratando dos discursos do Presidente da República?...

segunda-feira, 24 de março de 2008

Limpeza de Primavera

Nada que se apresente, esta modesta remodelação, mas mudei - por fim! - a lista dos discos que ando a ouvir e os linques dos blogues amigos. Alguns mudaram de casa e voltaram à actividade - três vivas a essa boa nova.

Mais frases

A época pascal também foi fértil para o meu Pai. As miúdas a dormir à porta do Atlântico, para verem os Tokio Hotel, estariam - se fossem filhas dele - a «asfaltar estradas». O Sportingue perdeu com o Setúbal porque o Paulo Bento (além de ser um maricas e estar sempre «a coçar o nariz» nas conferências de imprensa) tem «vergonha» de pôr os jogadores, nomeadamente o Liedson, a treinar penalties. Quem dera aos leões ter um treinador como o Jaime Pacheco (de quem o meu Pai já disse cobras e lagartos, ao longo de vários anos) - pode ser caceteiro mas pôs jogadores «que só foram para o Boavista porque tinham fome e queriam comer maçarocas» a jogar mais ou menos. Por falar em regimes alimentares, a desgraça do SCP é, claramente, da responsabilidade do Miguel Veloso e do «cu gordo!» que ostenta desde a colaboração com a estilista Fátima Lopes (o meu Pai é que diz, atenção - eu nunca olhei para o rabo do futebolista).

Não reparando que a chávena que o jornal Record trazia de brinde era não só uma chávena do Sporting, como uma chávena do Miguel Veloso, a minha Mãe ofereceu o dito souvenir ao meu Pai. O homem ignorou o ódio de estimação ao jogador de rabiosque adiposo e prometeu estimar a caneca. Pouco depois, viria a parti-la sem querer, quando tentava perceber porque é que as cápsulas da máquina de café não estavam a rebentar. «Rai's partó dia em que se comprou [ele comprou, portanto] a máquina!».

Não é preciso ser cientista genético para encontrar aqui um padrão (ver post abaixo).

A frase desta Páscoa

Desta vez até tinha razão para se queixar, mas nem por isso a frase com que a minha Avó cunhou esta Páscoa perdeu em imaginação, intensidade ou respeito pelo Criador.

«Rai's partam o Domingo de Páscoa! Senhor me perdoe».

Sotaques

Adoro quase todo o tipo de sotaque, com a notável e julgo que justificada excepção do «sotaque» castrado de tantas adolescentes da Grande Lisboa, que substituem o final das palavras com um sarrabisco sibilado («portantss», «deitadz»... A circunflexização que fazem das vogais também me dá volta ao estômago, mas essa é outra história).

Mas aparte essa praga, palavra de honra que adoro sotaques. Por que razão me eriçará tanto, então, ouvir um rapaz com forte sotaque madeirense? Será que o referente é demasiado forte para eu conseguir apreciar apenas a fonética?...



terça-feira, 18 de março de 2008

Queijo esta noite

Depois de uma semana de reflexão, o Queijo volta esta noite à Rádio Zero. É só rumar a radiozero.pt por volta das 22h, se nos quiserem fazer companhia.

O meu jardim oriental

De manhã há um sapo com a língua de fora e uma coroa na cabeça; à tarde a raposa prepara um chá, à sombra do pagode chinês e das muitas laranjeiras. Com o fim da tarde o cenário passa do verdinho relaxante para um quente acobreado, o sol a pôr-se ao fundo. A noite é serena, com libelinhas por toda a parte.


É um consolo, o meu google.



American Music Club

Não tem sido um ano fértil em nova música boa, pelo menos aqui para os meus lados.

Mas ter o Mark Eitzel a cantar, logo na primeira música do novo THE GOLDEN AGE, «I wish that we... could swim in the sky», vale por muitos «flavours of the week».

terça-feira, 11 de março de 2008

Pas de Queijo

Por motivos familiares, a emissão desta noite do Boa Noite e um Queijo não irá para o ar. A todos os nossos fãs - e sobretudo aos gatos da prima brasileira da Ana Martins que vive na Escócia - deixamos sentidos pedidos de desculpa e a promessa de um regresso breve, breve.

ALL SAFE AND SOUND

ALL SAFE AND SOUND - I WON'T LET THE PSYCHOS AROUND




Não reparei antes de fazer o post, mas faltam dois meses.

Dilemas de call center

Ontem de manhã, uma senhora atrás de mim, no comboio, telefonou para um qualquer «call center» para fazer a seguinte reclamação:

«É que deram-me um telemóvel para substituir o outro... e eu encontrei lá uma fotografia de uma senhora com... como é que hei-de dizer isto, com uma lingerie muito ousada».

Aparentemente, a queixosa achava essa imagem pouco apropriada para o telemóvel de alguém «já com uma certa idade».

Ao cuidado do senhor McQueen

Sempre preocupado com o bem-estar de quem nele trabalha, o «meu» edifício acaba de apresentar aos seus utentes três intrigantes novidades:

- uma porta automática, onde antes havia uma porta «normal», para que os fumadores possam escapulir-se para o exterior com mais facilidade

- uma máquina de amendoins, cajus e gomas

- um engraxador automático de sapatos

Estou certa que há uma relação evidente entre estes três «melhoramentos» e um mundo mais justo; mal descubra qual, venho cá dizer.


ÚLTIMA HORA: O engraxador automático de sapatos desapareceu. Quem também se foi embora, de ontem para hoje, foram os senhores das massagens zen, que há duas ou três semanas assentaram arraiais por aqui, promovendo coisas como tratamentos «indian head». Estarão ambos os desaparecimentos relacionados?...

terça-feira, 4 de março de 2008

CALIFORNICATION (e outras séries)

Numa era em que o paradigma da série bem sucedida se aloja algures entre médicos misóginos (amor profundo), conspirações (anti)-terroristas (todo o meu respeito, embora não seja devota), donas de casa mais sexuadas do que desesperadas, famílias poligâmicas e gente normal com poderes sobrehumanos, escolher para herói da história um senhor que papa as senhoras todas e não mostra remorso acaba por ser tão anacrónico como enfadonho.

Constou-me que a série causara grande polémica. Pois a mim, dá-me sono (ainda assim vejo-a, se não me apetece recolher às boxes nem tenho nada de melhor para fazer àquela hora).

Confesso ainda que, por algum motivo estranho, prefiro acreditar que o David Duchovny é um bom rapaz (com a casa cheia de filmes pornô e uma fixação pelo Além, mas um bom rapaz) do que vê-lo com um penteado à Don «Miami Vice» Johnson. É escusado.



Por outro lado, cada vez me intriga mais a série Nip/Tuck, que apanho ocasionalmente, sempre por acaso, e me parece ter um argumento francamente cruel, a roçar o desumano. E se é de gente nua e em acção que o vosso «zapping» precisa àquela hora, também nesse campeonato o Nip/Tuck dá goleada ao Californication (quantidade e variedade, e mais não digo).

Já o prémio de «guilty pleasure» actual tem de ir para o Miss Match, uma pequenita mas graciosa (pronto, apenas pequenita) comédia romântica - em forma de série televisiva - sobre uma advogada de divórcios que, nas horas livres, se arma em casamenteira. É com a Alicia Silverstone e onde quer que sejam as filmagens, naquela terra nunca chove.

Tempos idos

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