terça-feira, 25 de setembro de 2007

Pequena historinha ilustrada

O novo electrodoméstico lá de casa...




... é movido a energia solar...




e a água da torneira:





E aborrece-se ao computador!...





(vá, dêem-me os parabéns por ter conseguido não chamar «apartment story» a este post!)

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Pois era...

Voltar ao vídeo do primeiríssimo single dos Clã é interessante a vários níveis - podia mencionar o meu primeiro ano da faculdade, mas a verdade é que, embora os anos coincidam, uma recordação não está associada à outra. Podia sublinhar a afiliação afunkalhada da canção, que nunca na vida me apanharão a maldizer porque, evidentemente, era uma escola 1) muito ligada à Invicta 2) comum ao primogénito dos meus amados Ornatos. Podia também dedicar diversos considerandos às vestimentas e aos passos de dança de Manuela Azevedo, Hélder Gonçalves e comparsas. Mas prefiro cingir-me ao essencial: a minha habilidade para perceber letras brilhava já - e de que maneira! - em 1996.

Onde a senhora canta...

«e reclamar, reclamar um pouco de atenção»

Eu andei meses (anos?) a perceber:

«Henrique Amaro, Henrique Amaro, um pouco de atenção!»

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Ai a minha vida

Uma pessoa tenta comportar-se em conformidade com o que dita a sociedade. Depois recebe links destes.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Infância

Este post da Menina Alice trouxe-me de volta três das recordações de infância que tenho mais presentes, no capítulo «sinto-me tão deslocada, não sou igual aos outros». A saber:

- todos os meus coleguinhas da primeira classe, que fiz num colégio, tinham os livros encapados com papel autocolante transparente. A minha mãe encapava os meus com aquele papel de plástico com bonequinhos, que não adere às capas dos livros, antes se cola nos cantos com fita gomada. Cedi à pressão de grupo e quis ter, também, papel autocolante transparente. Nem eu nem a minha mãe conseguimos os exímios resultados exibidos pelos meus coleguinhas, e as capas ficaram cheias de vincos (mais ou menos como a roupa que engomo hoje em dia). Antecipando uma humilhação que nunca aconteceu, lembro-me de ter chorado.

- cheguei a casa ao fim de um dos primeiros dias de aulas, arrasada. Apesar de o meu avô me ter ensinado, antes de entrar na primeira classe, a escrever e fazer contas básicas, fiquei com a ideia de ser a única da turma que não sabia, ainda, escrever o nome completo. A professora Teresa (que será feito?...) tinha posto umas tirinhas com o nome de todos os meninos num cesto, e nós tínhamos de reconhecê-lo e reproduzi-lo. Houve ali qualquer coisa que me correu mal e não descansei, à noite, enquanto não escrevinhei umas 50 vezes o meu nome (ou os meus cinco nomes), sentada à mesa da sala de jantar. Lembro-me da resignação da minha mãe e das paredes verde escuras.

- esta preocupou - e até irritou - a minha mãe. Ao contrário das minhas amigas, garantia-lhe eu, a pequena Lia não tinha «voz de menina». Nunca gostei muito do meu tom de voz, mas aos seis anos o facto de ter uma voz mais grave que a das outras era, sem dúvida, gravíssimo.

About Today

Discuto muita vez a ideia de os National serem uma banda «triste», de música «deprimente». Eu dou-me bem como eles (e com Melhoral), não saio das audições arrasada emocionalmente nem a querer cortar os pulsos com uma faca da cozinha. Digo até que a música que fazem me causa um bem-estar quentinho e reconfortante.

Mas esta música, esta música meus amigos, é das músicas mais insuportavelmente tristes que conheço.

«About Today», do EP Cherry Tree, numa sessão ao vivo para a revista Spin.

Mensagem maldosa mas inspirada

A maldosa mas inspirada sms que recebi ontem, enquanto revia, refastelada no sofá, o Brokeback Mountain:

«Os McCann podiam ter aproveitado a passagem do Dalai Lama por aqui para intercederem pela filha. Depois já só faltava o patriarca de Constantinopla e o Mulah Omar».

domingo, 16 de setembro de 2007

Ódio

Se há bicho que me mete nojo é a barata. Acredito que foi por ter visto uma, na semana passada, que os sérvios empataram o jogo frente a Portugal, minutos depois. Logo a seguir à barata vem o sapo que dá a cara (e as longilíneas pernas... brrr) pelo servidor de Internet do mesmo nome. Agora, com o regresso às aulas, o asqueroso animal tem uma nova campanha - o anúncio mostra-o em contexto liceal, claramente influenciado pelos «high schools» americanos, a pontuar os atributos de meninas dengosas que se passeiam pelos corredores forrados a cacifos. E já no Verão andava na praia a levar gajas para trás das dunas.

É um sapo, pá. A sério, parem lá com esses innuendos sexuais.

(Esta minha angústia dura há pelo menos dois anos - vejam aqui)

TV Cabo

Mais eficaz - diria mesmo que fatalmente eficaz - do que ter amigos a trabalhar na TV Cabo ou do que conhecer códigos para «crackar» a Sport TV é saber fazer uso, no momento certo, destas palavras:

«... se não me resolver o problema, mudo de fornecedor de cabo».

Só não nos mandam um cabaz de natal, dois presuntos e um queijo da Serra da Estrela para casa porque não calha.

Realidade vs Ficção

Lia eu um interessante artigo, no Ipsilon da passada Sexta-feira, sobre as fricções inter-étnicas da Londres do século XXI, quando uma pequena zaragata rebenta no 29.

Um homem de idade indeterminada (qualquer coisa entre os 25 e os 45 faria sentido), imundo e alcoolizado, berra a uma senhora negra:

«... mas não tenha medo! Eu tenho pavor é a ciganos! A ciganos é que eu tenho pavor. A raça que nasceu pior no mundo é a raça cigana! Não trabalham e têm tudo».

Entretanto levanta-se para sair e vê, do lado de fora da janela, uns agentes da GNR. Inspiração mais do que suficiente para nova intervenção:

«A classe mais corrupta do país! A polícia!! Ladrões e traficantes de droga!»

Às tantas decide pedir desculpa ao condutor («oh chaffeur», chamava-lhe ele) pelo «vocabulário» (nunca pelo conteúdo).

«Olha! Os mais corruptos que há! Só estão bem a róbar e a traficar!», volta à carga, segundos depois.

Saiu na paragem frente à casa no Alto da Ajuda onde vivi alguns anos, para continuar o seu dia, certamente mais produtivo que o de qualquer cigano ou agente da GNR.

Rugby

Compreendo que seja importante a nossa selecção de rugby estar a participar, pela primeira vez, num mundial. E acho bastante simpático que, mesmo levando abadas de meia-noite, as prestações da equipa sejam sempre relativizadas e vistas pelo lado positivo na imprensa. É assim mesmo, a rapaziada estreia-se nestas lides e possivelmente já está a superar o que dela se podia esperar.

Agora, o que não entendo é a insistência nos elogios à «coragem» dos moços.

Em que é que entrar em campo para disputar uma competição para a qual estamos apurados revela coragem? Será que, dos «lobos» de Portugal, se esperava que ficassem encolhidos nos balneários, a chuchar no dedo agarrados a uma mantinha?...


sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Coisas importantes

Posso andar sem tempo nenhum para dedicar ao meu querido Sofá Verde, mas certas coisas, como esta notícia que ouvi hoje de manhã na Antena 3, não podem passar ao lado do meu blogue:

«Tennis' favorite philanthropist Andre Agassi, honored with the Eugene L. Scott Award at this past weekend's Legends Ball, is the new ambassador for Longines, a high-end Swiss watch company. Andre will be the "worldwide Ambassador of Elegance" for the watch company; the watch maker will provide support to The Andre Agassi Foundation, beginning at the Grand Slam for Children gala in Las Vegas this October, and will continue throughout the coming year.»

Brevíssima análise de imprensa

O Bin Laden tentou, com mais umas bem-intencionadas ameaças à civilização ocidental, várias promessas de apocalipse e até, coitado, uma barba pintadinha de fresco. Não conseguiu. Apenas Luiz Felipe Scolari foi capaz de destronar a pequena Maddie da abertura dos telejornais portugueses - há que respeitar o Felipão.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Corrida aérea do Touro Vermelho

OK, a acreditar na verdade dos números oficiais (600 mil pessoas é muita gente), parece que fui a única a achar desinteressante a ideia de ver aviões pequeninos a sobrevoar as águas do Douro (antes de achar desinteressante, atenção, achei perigoso: anos e anos a sonhar com desastres na Ponte D. Luiz não me deixavam sossegada com a manobra que consistia em voar por baixo do tabuleiro inferior. Vá lá que acabaram por tirar essa «jogada» do plano).

Entretanto, o meu padrinho conta que foi para a ribeira de Gaia fotografar os treinos e que os seguranças o convidaram a passar para a zona de imprensa. Acontece que o meu padrinho é tão amador como eu, tem é máquinas melhores e (muito) mais caras. Com grande telha ficou a minha madrinha, na zona de «não press», à espera que o marido acabasse de tirar 300 fotografias e a pagar 1,50€ por uma garrafa de água das pequenas.

Ainda o site meter

Recebi uma visita da Macedónia!!!



(ok, vinha à procura duma foto do Justin Timberlake e ficou no blogue zero segundos...)

Outras combinações vencedoras dignas de registo:

sofá verde + como decorar
menina desaparecida + sedativo
desbloqueador de conversa + mulher

domingo, 2 de setembro de 2007

sitemeter

Quando crescer, o meu blogue gostaria de ser como o da Menina Alice.

Ao saber que há quem vá parar a tão digno recanto pesquisando, no google, por «sexo com cavalos» (!), decidi instalar neste modesto sofá o contador site meter.

Ainda se passaram poucas horas desde esta instalação, mas o meu maxilar já caiu ao descobrir que as pessoas acabam a ler o meu blogue porque, coitadas, querem saber mais sobre «máquinas de lavar sofás» ou «fotografar de boxers».

Não posso deixar de sentir alguma pena e culpa por falhar tão redondamente os propósitos destes visitantes de ocasião...

Anúncios, outra vez

Julguei que estava tolinha e afinal é mesmo ele - John McEnroe num anúncio da Tesco, o Pingo Doce inglês. No reclame, o campeão rezingão, que eu ainda apanhei a jogar «oficialmente» no US Open, disputa renhidamente - e nem sempre com muito fair play - vários produtos e o lugar na fila da caixa com... Bjorn Borg.



Será que um Federer e um Nadal não surtiam o mesmo efeito (de reconhecimento popular)? Fica o apelo à Tesco para que saltem uns 15 anitos no tempo e nos presenteiem com um Agassi vs Sampras no supermercado. Sempre gostava de ver como envelheceu o enfadonho (ainda que imbatível - sim, sim, está bem) rival do meu herói.

Shiva

Vista aérea de Dona Shiva Maria, na solarenga tarde de 2 de Setembro de 2007.

Tempos idos

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