Lia eu um interessante artigo, no Ipsilon da passada Sexta-feira, sobre as fricções inter-étnicas da Londres do século XXI, quando uma pequena zaragata rebenta no 29.
Um homem de idade indeterminada (qualquer coisa entre os 25 e os 45 faria sentido), imundo e alcoolizado, berra a uma senhora negra:
«... mas não tenha medo! Eu tenho pavor é a ciganos! A ciganos é que eu tenho pavor. A raça que nasceu pior no mundo é a raça cigana! Não trabalham e têm tudo».
Entretanto levanta-se para sair e vê, do lado de fora da janela, uns agentes da GNR. Inspiração mais do que suficiente para nova intervenção:
«A classe mais corrupta do país! A polícia!! Ladrões e traficantes de droga!»
Às tantas decide pedir desculpa ao condutor («oh chaffeur», chamava-lhe ele) pelo «vocabulário» (nunca pelo conteúdo).
«Olha! Os mais corruptos que há! Só estão bem a róbar e a traficar!», volta à carga, segundos depois.
Saiu na paragem frente à casa no Alto da Ajuda onde vivi alguns anos, para continuar o seu dia, certamente mais produtivo que o de qualquer cigano ou agente da GNR.
Há 13 anos
2 comentários:
Caramba, deus queira que tinha ido chatear os Sauros!!!
Parola
É nestas alturas que recordo com saudade as viagens no 42, 46, 50, etc. e toda a riqueza tugalística que de lá sorvia...
:)
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