terça-feira, 16 de maio de 2006

No tempo de Salazar...

«Hoje, os que não fazem nada comem melhor que nós!»

Hoje no 42 (cá vamos nós outra vez...), uma velhota de 83 anos («A Amália fazia agora 86, era três anos mais velha que eu!») explicava a outra senhora os males do nosso tempo e o que faria, «se mandasse».

À mãe da Joana (a menina algarvia desaparecida no Verão passado), «pendurava-a bem penduradinha e ia-lhe dando três ou quatro picadas nas pernas por dia. Até morrer!».

Aos que «fazem pouco das crianças», capava-os. «Depois que trabalhassem com a língua, que já não aleijava as crianças» (!!!)

Nenhum destes crimes existia, nem mesmo em papel, no afamado «tempo de Salazar». Ou se existiam, eram devidamente punidos. «Quem roubasse um pão ali na padaria, era preso seis meses!», recordava com saudade a nossa heroína.

Às vezes tenho medo do nosso povo...

7 comentários:

Filipa Paramés disse...

ainda bem que já não há pessoas como os "d'antigamente"...

se bem que as de hoje, deixam uito a desejar. Quando haverá um equilibrio?!

ps: recebeu o meu mail?

beijinho!

Anónimo disse...

Com todo o respeito, alguns desses velhinhos são "medievais" (é o termo mais simpático que me ocorre). Foram educados numa época e num contexto diferente e tem de se lhes dar um desconto :) Há umas semanas também vi um que, ao reparar que o placard dos horários das camionetas tinha sido parcialmente queimado, dizia que *sotaque viseense-transmontano* "a essa gandulahje era quêmar-lho-sos dedos! Quêmar-lho-sos dedos!"

Anónimo disse...

Só em complemento, estou a imaginar uma casa de "JUSTIÇA POPULAR SALAZARESCA", fundada por uma amálgama de medievais desse tipo :) A primeira sala seria a das "picadinhas", para casos como o da mãe da Joana, onde se pendurariam devidamente as pessoas e onde trabalharia um carrasco, de sorriso maquiavélico, empunhando um alfinete gigante e incandescente. Ao avançar mais um pouco tinha-se a "Sala das Queimaduras", com todo o tipo de material apropriado, lança-chamas grandes e pequenos, consoante o grau de queimadura a aplicar na "gandulahje". Finalmente a "Capo-sala", com guilhotinas expressamente destinadas ao sexo dos abusadores de menores. Isto para além de muitas outras... Uma iniciativa destas e essa gente passava a viver feliz...

paulo rico disse...

Típico 42...

lia disse...

Bem, que inspiração!! :D

Obrigada pelo seu contributo, NC :D

Filipa, vi sim senhora, respondo em breve ;-)

Anónimo disse...

Um Salazar em cada esquina!
De preferência de mini saia vermelha.. :)

Anónimo disse...

LOL @ Mulher da noite

Eu tb me lembro disso!! O José Pedro Gomes LOL ah ah ah ah
Só tu melher pra me fazeres rir :D

Parola aka Dupont

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