Voltei a ter uma insónia. A gaja que adormecia em poucos segundos não pode ficar a trabalhar até tarde, que lhe passa o sono - isto é, o corpo pede descanso, mas a cabeça não pára, impedindo-me de adormecer.
Esta semana, depois do concerto dos Magnetic Fields, fiquei até às cinco da matina a revolver-me na cama, puxando lençóis, acendendo e apagando a luz repetidas vezes, e de uma forma geral amaldiçoando a minha sorte.
Como sempre nestas ocasiões, só consegui pregar olho depois de rever mentalmente, 20 vezes, o que fizera naquele dia e o que me esperava no próximo, e de começar a considerar usar as horas-extra em que estou a pé para pintar um fresco ou construir uma catedral.
No meio da torrente de ideias, esta voltou a assolar-me: a coisa que mais me atrofia em não conseguir dormir, estou em crer, não é o cansaço (eu ando sempre cansada, a minha mãe diz que eu até já nasci assim) nem o facto de estar a abrir a porta às olheiras (que habitam na minha cara há mais de dez anos, quer durma muito, pouco, ou faça uma directa).
O que me chateia é não ter ninguém com quem falar.
Acho que vou pôr anúncio no Jornal Ocasião:
«Procura-se profissional da área da panificação, segurança nocturna ou recolha do lixo. Para troca de sms aquando de eventuais insónias. E nada mais.»
Bom fim-de-semana!...
Há 13 anos
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