Há 13 anos
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Queijo congelado
Não, ainda não foi desta que o senhor director nos cancelou o programa. Hoje até fomos fazê-lo com a temperatura atroz que se registava à noite, em Lisboa. Já não tinha tanto frio desde que fui a Viseu no Inverno. Boa Noite e um Queijo para ouvir, aqui.
domingo, 23 de novembro de 2008
Portugal - Brasil
Sexta à noite, espero o autocarro em Belém, frente aos pastéis de. Tenho música nos ouvidos mas, ainda assim, consigo escutar a conversa de duas adolescentes atrás de mim - um «tipo!» de dois ou dois suspiros a fazer-me pensar como é engraçado que, estando o nosso português tão longe do do Brasil, os brasileiros (ou pelo menos os paulistas) tenham adoptado, como nós, a bengala «tipo» para equivalente do execrável «like», dos americanos.
Nem de propósito, nisto chega um casal brasileiro com ar de turista e um filho pequeno. O senhor está atrapalhado porque quer perguntar por alguma coisa cujo nome «luso» desconhece. As miúdas do «tipo!» olham para ele como um boi para um palácio. Tiro os phones e lá digo ao senhor que o «bonde» se apanha na paragem a seguir e tem o número 15. Ele agradece com desproporcional gratidão e segue para a dita paragem.
Atrás de mim, as duas amigas demoram alguns segundos até perceberem o que tinha acabado de se passar. Quando a luz se lhe acende, exclamam não sem algum desdém: «Ah, o eléctrico!».
Outras coisas bonitas com Brasil dentro, esta semana: procurei nas internétes por relatos da passagem recente dos National por terras de Vera Cruz.
Diverte-me ler reportagens de concertos em locais onde a rapaziada ainda é pouco conhecida, pois nota-se um esforço maior em descrever e contextualizar a música, a banda, os tiques dos artistas.
E haverá forma mais cómica (e certeira) de descrever o Matt Berninger do que com os «três foguetes» que encerram este texto: «Pesadão. Neurótico. Maneiro»? Valeu, cara.
Texto completo, que vale a pena ler por pérolas como «A certa altura do show, alguém jogou no palco uma canga que tinha como estampa a bandeira do Brasil. Depois de agradecer, Berninger pegou aquele pano e fez com ele uma gravata. Foi como se tivesse arranjado algo mais para se prender, entende?», espera por vós aqui.
Nem de propósito, nisto chega um casal brasileiro com ar de turista e um filho pequeno. O senhor está atrapalhado porque quer perguntar por alguma coisa cujo nome «luso» desconhece. As miúdas do «tipo!» olham para ele como um boi para um palácio. Tiro os phones e lá digo ao senhor que o «bonde» se apanha na paragem a seguir e tem o número 15. Ele agradece com desproporcional gratidão e segue para a dita paragem.
Atrás de mim, as duas amigas demoram alguns segundos até perceberem o que tinha acabado de se passar. Quando a luz se lhe acende, exclamam não sem algum desdém: «Ah, o eléctrico!».
Outras coisas bonitas com Brasil dentro, esta semana: procurei nas internétes por relatos da passagem recente dos National por terras de Vera Cruz.
Diverte-me ler reportagens de concertos em locais onde a rapaziada ainda é pouco conhecida, pois nota-se um esforço maior em descrever e contextualizar a música, a banda, os tiques dos artistas.
E haverá forma mais cómica (e certeira) de descrever o Matt Berninger do que com os «três foguetes» que encerram este texto: «Pesadão. Neurótico. Maneiro»? Valeu, cara.
Texto completo, que vale a pena ler por pérolas como «A certa altura do show, alguém jogou no palco uma canga que tinha como estampa a bandeira do Brasil. Depois de agradecer, Berninger pegou aquele pano e fez com ele uma gravata. Foi como se tivesse arranjado algo mais para se prender, entende?», espera por vós aqui.
O falso sismo
Trágico teria sido ontem, Sábado lindíssimo de sol por todo o lado, haver realmente uma desgraça qualquer e os meios de socorro estarem todos ocupados com o simulacro de terramoto.
Felizmente nada aconteceu (a não ser as «entidades responsáveis» confirmarem as deficiências de que já suspeitavam, no sistema), pelo que a minha preocupação é outra. Desde quando é que se tornou aceitável usar a expressão «colapsar» para referir derrocadas de edifícios?
Vi umas duas ou três jornalistas a falarem no número fictício de vítimas e danos materiais, e todas mencionaram, também, a quantidade de prédios que «colapsaram» com o abanão imaginado.
Assim de repente, eu, que acalento o débil sonho de que os meus filhos ainda falem português, usaria a «derrocada» ou o «desabamento». Mas é só uma sugestão.
Felizmente nada aconteceu (a não ser as «entidades responsáveis» confirmarem as deficiências de que já suspeitavam, no sistema), pelo que a minha preocupação é outra. Desde quando é que se tornou aceitável usar a expressão «colapsar» para referir derrocadas de edifícios?
Vi umas duas ou três jornalistas a falarem no número fictício de vítimas e danos materiais, e todas mencionaram, também, a quantidade de prédios que «colapsaram» com o abanão imaginado.
Assim de repente, eu, que acalento o débil sonho de que os meus filhos ainda falem português, usaria a «derrocada» ou o «desabamento». Mas é só uma sugestão.
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Sol de Inverno
Lista de coisas que me apetecia estar a fazer, numa tarde em que o sol entra de mansinho pela janela do escritório e me deixa (ainda) mais moliquenta.
1. Espreguiçar-me
2. Comer castanhas
3. Aquecer as mãos numa chávena de chá a escaldar
4. Comer bolo de limão
5. Fazer bolos
6. Ler os jornais e os suplementos do dia
7. Fazer qualquer coisa com o mar por perto (exclui afogar-me)
8. Ouvir música
9. Esparramar-me no sofá com uma manta por cima
10. Perder tempo num café de bairro, a ver os vizinhos passar
Estou certa que a opção «trabalhar» também me cutuca o subconsciente, mas não sei porquê, nesta primeira triagem, não me está a aparecer.
1. Espreguiçar-me
2. Comer castanhas
3. Aquecer as mãos numa chávena de chá a escaldar
4. Comer bolo de limão
5. Fazer bolos
6. Ler os jornais e os suplementos do dia
7. Fazer qualquer coisa com o mar por perto (exclui afogar-me)
8. Ouvir música
9. Esparramar-me no sofá com uma manta por cima
10. Perder tempo num café de bairro, a ver os vizinhos passar
Estou certa que a opção «trabalhar» também me cutuca o subconsciente, mas não sei porquê, nesta primeira triagem, não me está a aparecer.
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Envelhecer bem
Desculpai a presente penúria de palavras. Mas a mini-gótica que há em mim - e que ainda hoje acordou com um cabelo eriçadíssimo e impossível de domar - delira com esta nova cançoneta dos Cure.
Chama-se «Underneath The Stars» e dá todo um novo sentido à expressão «languidez».
As fotos do Dean Chalkley para o NME também estão à maneira.
Chama-se «Underneath The Stars» e dá todo um novo sentido à expressão «languidez».
As fotos do Dean Chalkley para o NME também estão à maneira.
Humor negro
É com alguma curiosidade que reparo que todos vestidos que comprei em 2008 - um comprido, de Verão, com motivos indianos; outro também longo, mas de Inverno e com berloques vermelhos; um último mais curto e de malha - têm uma coisa em comum: são pretos. Nada de mais sensato, da minha parte, tendo em conta o anormal número de funerais a que tive de ir nos últimos meses.
2009
No próximo ano não vai ser tão complicado escolher o melhor álbum da temporada.
Um candidato que já é, praticamente, vencedor:
Um candidato que já é, praticamente, vencedor:
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