segunda-feira, 26 de dezembro de 2005

Lou "Emoh" Barlow

Quando lançou este disco, o Lou Barlow já sabia como é que eu me ia sentir no final de 2005!

«It's been a long year this year
Good or bad I can't tell from here»


('Puzzle', do álbum "Emoh")

São estas pequenas coisas que tornam mais fácil a estéril tarefa de escolher o nosso «disco do ano».

Boas Festas a todos!

segunda-feira, 19 de dezembro de 2005

Que saudades

Estava com umas certas saudades de sair de um concerto com vontade de ouvir até à exaustão o disco que lhe servira de pretexto. Está-me a acontecer agorinha mesmo, com o novo álbum dos Strokes, "First Impressions of Earth". Tive a sorte de vê-los este fim-de-semana, em Madrid, e consigo sentir quase, quase a mesma sensação de euforia do concerto ao ouvir, aqui no trabalho, o belo do CD. Só as primeiras cinco músicas do disco deixam qualquer um de cara à banda (e anca tremeluzente), igualando milagrosamente o prodígio que são as canções do "Is This It".

Vêde aqui a cara de anjo por detrás daquela voz de telefonia mal sintonizada.



Ninguém se chama Julian Casablancas...

(entretanto, para mais pormenores sobre a noite no El Sol, é favor clicar aqui)

quarta-feira, 7 de dezembro de 2005

A música e a sua origem

Tenho o televisor na VH1 e uma holandesa esganiçada de nome Anouk (quem quer que tenha ouvido rádio em 1997 lembra-se dela) garante o seu completo desinteresse pela instituição casamento. «Never gonna be, never gonna be nobody's wife...», grita a rapariga, de top que mostra a barriga, empoleirada numas rochas à beira mar.

Assim de repente ocorre-me: o que é que levará tanta moça da Europa dita Central a rabujar alto e bom som, sob um fundo de guitarras inevitavelmente foleiras, algures entre o roque mais oitentista-manhoso e o nu metal?

Na mesma onda temos (ou tínhamos, graças a Deus) os Guano Apes, mais a sua Sandra Nasic, ou a ex-K's Choice Sarah Bettens, da Bélgica.

Será que a origem do fenómeno se prende com a emancipação, naqueles países, das mulheres, incentivadas desde cedo a botarem sentença e desancarem no mundo em altos berros?

Se for esse caso, não me coíbo de aconselhar os paizinhos das meninas central european: além de liberdade de expressão, dêem-lhes discos jeitosos. A sério.

A minha mulher mal-disposta favorita:



Shannon Wright

segunda-feira, 5 de dezembro de 2005

O importante é que se dêem bem

As mães dizem-no muito, estou em crer. Geralmente para vaticinar a validade (ou falta dela) das relações alheias. «Ele é meio metro mais alto que ela!», «Ela quer viver à custa dele!», «Os signos são incompatíveis!». A tudo isto as mães (a minha e outras parecidas) respondem com aquela calma de quem já leva mais 30 anos disto que nós: «O importante é que se dêem bem». Como se todas as divergências ou aparentes incompatibilidades tivessem solução, com vista a um quotidiano pacífico e sem ondas.

A prova de que esta máxima até tem o seu quê chega-nos, desta vez, de outra mãe: a Natureza. Diz a imprensa internacional que, na costa do Quénia, um hipopótamo-bebé que sobreviveu ao tsunami adoptou uma tartaruga gigante como sua nova mãe. «O hipopótamo órfão, com menos de um ano e pesando cerca de 300 kg, adoptou a tartaruga centenária como mãe, e ela parece estar bem feliz em seu papel de mãe adoptiva. Os dois nadam, comem e dormem juntos», jura a AFP.

Perante isto, haverá lá forma de contrariar a minha mãe da próxima vez que ela me vier com essa sentença?...




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