segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Obrigada igualmente

«Happy Holidays to all of you!!!», dizem os National na mais recente mensagem da sua mailing list (em que anunciam concertos na Austrália, Nova Zelândia e Nova Iorque).

Simpático da parte dos rapazes, enviarem-me os seus votos de boas festas. Afinal, passei boa parte de 2007 a olhar por eles.

Antipática

Coisas de que não devia gostar e gosto (e vice-versa).

- Natal, prendas, comida de Natal, embrulhos, surpresas, dinheiro para gastar (adoro)

- Crianças no escritório dos papás porque estão de férias da escola e não têm quem olhe por elas (não posso dizer que goste por aí além, não)

Comida

Tendo em conta a oferta de chocolates e castanhas na semana passada, aqui em pleno cenário laboral; tudo o que comi este fim-de-semana, por culpa própria (fiz bolos, sopas, um mini-caril) e alheia (obrigada pelo jantar de Domingo, Dona Martens!), mais o que vou comer em casa no Natal propriamente dito, o que me dava mesmo, mesmo jeito era uma túnica como aquelas de que a Cathy se socorre quando está mais anafada. Tirava-a lá para o Ano Novo.

domingo, 16 de dezembro de 2007

O Sofá está de luto

Se este blogue tivesse uma secção de «frequently asked questions», estaria lá explicada a origem do nome «Sofá Verde». Bem, isso e se as pessoas me perguntassem porque é que o tasco se chama assim, o que na realidade não acontece muitas vezes.

A verdade é que existiu mesmo um sofá verde - grande, um nadinha escangalhado (o amigo JG detestava-o particularmente; se ia lá a casa para um cafézinho, sentava-se bem mas levantava-se já com alguma dificuldade), à sua maneira confortável.

Fazia parte da mobília de uma sala de jantar ampla e cheia de luz, mas decorada «à antiga»: móveis pesadões e escuros, armários a abarrotar de loucinhas e faianças trazidas de todas as partes do mundo, candeeiros tenebrosos.

Isto tudo encontrávamos nós na minha segunda casa «de solteira», chamemos-lhe assim, onde vivi muitos e bons anos com a Susy Daisy e a M. Wee (nomes de código, nunca se sabe quem está à espreita!).

O sofá, tal como a sala e todo o apartamento, eram pertença de uma senhora que vivia na casa ao lado mas raramente nos aborrecia com o que quer que fosse. Tal como a casa, constituía um grande «update» em relação à nossa anterior senhoria, que no Inverno se recusava a ligar o aquecimento, num casarão gigante, com medo da conta da luz. Esta «nova» senhoria não só era bastante desempoeirada como chegava a fazer-nos inveja, com as suas constantes viagens (lembro-me de paragens tão longínquas como o Egipto). Só percebi que já tinha mais de 80 anos quando nos pediu ajuda com o boletim dos Censos.

Ontem, andava eu a explorar as possibilidades do comércio tradicional em quase vésperas de Natal, liga-me Miss Wee. A nossa senhoria «tripartida» faleceu, já há um mês - e desgraçadamente dias antes do casamento da única neta, ao qual adorava ter ido.

Fiquei triste - e arrependida, também, pois soube há não muito tempo que estava doente, planeei ligar-lhe e acabei por nunca fazê-lo.

Claro que a sua marca perdurará em coisas, acções e pessoas muito mais importantes e próximas. Mas este Sofá, que também era dela, presta-lhe aqui uma tardia e sentida homenagem.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Para acalmar a Susaninha

Quem tiver acompanhado a acesa polémica que a minha intervenção sobre a luz portuguesa causou (ver comentários a alguns dos últimos posts) compreenderá que tenho de serenar os ânimos da minha amiga Suz. Para a maior defensora e amante da cidade de Londres, cá ficam, provisoriamente sem mais explicações, duas fotografias que a POUCA LUZ da tua Londinium não compremeteu.

(Cheers mate!)







(com a simpática colaboração dos pelicanos do Zoo local)

Love Is A Losing Game

Parece que a rapariga faltou às filmagens deste vídeo e o pessoal da editora teve de se amanhar com umas imagens antigas, de concertos e assim.

Percebo que a ideia seja mostrar a faceta clássica e relativamente ordeira deste vozeirão - mas então porque é que o vídeo me parece tanto um epitáfio?




Aqui mais viva (e, como diria o Diácono Remédios, capaz de arrepiar as pilosidades mais recônditas):

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

LUZ

Nunca percebi muito bem a conversa do «ai a luz de Lisboa, ai o tempo ameno de Portugal», mas depois de passar uma semana numa cidade em que antes das 16h - no Inverno - já é noite a valer, revi a minha posição. Inverno a sério é bonito, mas não é para mim.

Phone-ix

No meu tempo as empresas-instituição tinham decoro.


Chocolate Craze

Regresso de férias e partilho com os colegas uma caixa de Cadbury Roses (chocolatinhos da dita marca, embrulhados em cores diferentes e com recheio a condizer com essa variedade). A secretária da publicação vizinha fica sensibilizada com a minha generosidade e decide colocar, ao lado da minha caixa, uma embalagem já meio vazia de chocolates que comprou recentemente, «com desconto da casa».

O meu colega chega e pergunta de onde vieram tantos chocolates. Explico-lhe e ele acha graça. «E se agora começasse toda a gente a trazer chocolate?», imagina ele, divertido.

Na manhã seguinte, entro no edifício e vejo, em cima do «redondel» da recepção, umas cestas prometedoras. «É para tirar, é», confirmam as recepcionistas. Aproximo-me e vejo a dádiva de Natal de uma das mais «caras» publicações da casa: rios e rios de chocolate, geralmente em forma de pequenas mas irresistíveis barrinhas.

Agora já sabem porque é que não tenho escrito: o chocolate amargo com avelãs da Carte d'Or não me deixa tempo para mais nada.

(A sério, é porque voltei de férias e tenho muito trabalho para pôr em dia. Mas a história do chocolate é toda ela verdadeira.)

Tempos idos

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