sexta-feira, 23 de março de 2007

South by Southwest

Meus amigos, eu conheço quem tenha visto de perto o strip da Beth Gossip - e outras coisas bem mais interessantes e menos grotescas, claro está. Visitem o blog da camarada Mary-John e sintam-se em Austin, Texas.

É aqui que tudo é contado.

Um exclusivo Antena 3 - Indies & Cowboys : )


quinta-feira, 22 de março de 2007

QUINO

Adoro as trapaças ingénuas do Manelito merceeiro e a fervilhante veia de cusca sem culpa nem consciência da Susaninha, mas não há personagem que me encha as medidas como o Filipe.

A sua frase «Estou para aqui a rir-me como um tolo e ainda não fiz os deveres!» é um lema de vida para mim.

Pesquisei pela figura e encontrei esta certeira descrição...

«Sonhador, tímido, preguiçoso e desligado; às vezes, romântico. (...) Não parece concordar muito com a própria personalidade: "Logo eu tinha de ser como sou?", pergunta-se numa tira».

O meu alter ego argentino e do mundo da BD, Filipe (Felipe, no original):

Plenitude

Julgava eu que o meu dia batia no fundo quando, ao chegar à estação de Algés, não conseguia desviar-me das simpáticas meninas que entregam aos transeuntes exemplares do Diário Desportivo. Por respeito a pessoas que não conheço, mas com quem partilho o ofício, não quero alongar-me em considerandos - mas aparte o empenho que transparece na publicação, tudo o mais que lhe diz respeito é absolutamente risível.

Hoje, porém, um novo ponto baixo surge inesperadamente no meu quotidiano matinal: uma menina (quiçá cansada de distribuir o Diário Desportivo!) entrega-me uma revista que eu nunca vira, mas pelos vistos já vai no número 47. Chama-se Plenitude, tem a Lili Caneças na capa e é uma espécie de versão beta, beata e com muitos pontos de exclamação da Visão ou da Focus. Um breve folhear mostrou-me mais referências à Bíblia do que uma entrega de prémios na América e pérolas como o editorial do senhor Luís Farinha, que descobriu que as mulheres de hoje «vencem».

«As mulheres do nosso tempo não se limitam a ser esposas e mães, mas intervêm activamente na sociedade» é a citação destacada.

Eis a minha vez de ser reaccionária e perguntar ao Sr. Farinha que tipo de intervenção na sociedade pode ser mais activa que ser Mãe.

Não posso também deixar de transcrever a primeira quadra do Lugar Criativo, um espaço que segundo percebi pertence aos leitores.

«O caso "Esmeralda"
É algo a lamentar
Como estamos num país de doidos
Tudo se pode esperar»

Contra esta sentença nada tenho a acrescentar - realmente, tudo se pode esperar.

A coisa só se compõe lá para a página 42 (em rigor, na 42 e 43, porque a foto está miseravelmente dividida entre as duas páginas, com agrafos no meio): uma breve nota sobre o Gael García Bernal salva a honra do convento. (Diz-que reatou com a Natalie Portman; enfim, qual é a versão positiva da expressão "só se estraga uma família"?).

quarta-feira, 21 de março de 2007

Árvores

No Dia da Árvore fica a minha homenagem sentida ao magnoreiro - a única árvore cujo nome, quando referido em Lisboa, faz com que toda a gente fique a olhar para mim como se tivesse acabado de dizer uma obscenidade ou grande disparate.

Curiosamente, no quintal que circunda o prédio onde vivo, em Lisboa, há um belo magnoreiro. Tentarei ilustrar esta evidência mais tarde, quando tiver a máquina fotográfica por perto.

O magnoreiro dá, obviamente, magnórios. O meu avô tinha pelo menos um, no selvagem e frondoso quintal de Santo Ovídio. As folhas são lustrosas e largas, a fazer lembrar as da árvore da borracha. Também gosto muito de pessegueiros; no quintal de Santo Ovídio havia muitos, inclusive um pequenino, perto do portão, que o meu avô dizia ser meu. Quando voltávamos de férias de Verão, no começo de Agosto, era vê-los exultantes, carregadinhos de fruto. O cheiro e a cor dos pêssegos maduros são, até hoje, das minhas coisas favoritas.

Tal como a vida é melhor no Verão, as crianças que crescem com quintais e flores e frutos e árvores por perto são, claramente, mais felizes (esta semana deu-me para os dogmas). Provas? Procurei por «magnoreiro» no google e encontrei esta história deliciosa:

«A nespereira ou a árvore dos magnórios

Esta árvore tem quinze anos e chama-se magnoreiro ou nespereira.
A nespereira foi dada por um colega de trabalho ao meu tio Alfredo mas ele não a quis plantar e deu-a ao meu pai. O meu pai plantou-a.
A árvore cresceu mas durante muitos anos não deu frutos. Uma pessoa disse então ao meu pai para na noite de Carnaval dar-lhe uma coça com um pau e o meu pai deu-lhe uma coça que até a casca esfolou… A partir daí a nespereira começou a dar fruto.

Daniela Andreia Ribeiro Rocha, n.º 12 | 7.º B»


E para quem ainda duvida da legitimidade desta magnífica palavra, fica a sua filiação científica, de acordo com a amabilíssima wikipedia: «Filo: Magnoliophyta / Classe: Magnoliopsida».

(Na entrada sobre nêspera: «Na região do Grande Porto, é uma fruta também conhecida por Magnório.»)

terça-feira, 20 de março de 2007

Top Xis Files

Um breve top sobre as coisas que gosto mais e menos nos Ficheiros Secretos, vistas que estão (quase até ao fim) as primeiras três séries desta grande invenção.

TOP +

1. O Diabo
2. Espíritos, fantasmas, presenças malignas pouco explicáveis
3. Crianças maléficas
4. Gente que encarna noutra gente
5. Serial killers (matanças em série)
6. Doenças / defeitos genéticos raros / aberrações

+ ou -

-> episódios sobre ciência, biologia, mutações


TOP -

1. Assuntos internos do FBI
2. Coisas de militares
3. Aliens (desculpa, Susaninha!)
4. Conspirações sortidas

Maxïmo Park

Gosto imenso do novo disco dos Maxïmo Park. Chama-se "Our Earthly Pleasures" e, segundo vi ali há bocadinho, sai em Maio. Felizmente, eu recebo telepaticamente os discos que interessam com considerável antecedência, e estou em condições de vos aconselhar canções como «Karaoke Plays», «By The Monument» ou «Nosebleed».

Os Maximo Park são MAIS UMA banda pós-pós-rock new-new-wave, inglesa até à medula, com ironia e chapéus a substituir as gravatas fininhas. Mas há qualquer coisa neles - não sei se as boas letras, quase em formato de historinha, se a energia do vocalista Paul Smith, a lembrar um John Cleese (*) em novo - que me faz aderir à banda, e ao disco. Há também o pormenor de muitas canções me fazerem pensar em América, ao invés de Inglaterra. Nada contra os brits, mas "Our Earthly Pleasures" tem uns tectos altos e uns horizontes largos que mais depressa me levam para os lados de uns... REM? Guided by Voices? Não consigo especificar, é só um feeling, e dos bons.


(*) - outra pessoa que me faz lembrar o John Cleese enquanto novo é o defesa do Chelsea Ricardo Carvalho. Mas tenho tido muita dificuldade em explicar isto às pessoas, não sei porquê.

Mates

A minha amiga Cibele manda-me sms com histórias formidáveis; hoje, estava na Caixa Geral dos Depósitos a ouvir um velho advogar o genocídio de toda a gente com mais de 70 anos, enquanto considerava Portugal «um país africano» e suspirava, claro está, pelo regresso de Salazar (não sei se esta gente já parou para pensar que o senhor é capaz de estar um pouco debilitado para concretizar as fantasias saudosistas do povo. Se calhar é por isso que, às vezes, dizem ser precisos «dois ou três salazares»... oh well).

A ideia é: recebo estas mensagens e, em tarde de pouco ou nenhum trabalho, fico com saudades de estar com ela, de estar ao sol e de estar de férias. Tudo coisas possíveis, como se prova aqui:



Tenho sempre a sensação que a vida é melhor no Verão ou, pelo menos, ao sol - o que se mostrou espampanantemente este fim-de-semana já serviu para arrebitar.













(estas são, claro está, imagens antigas. Ainda não foi este ano que me iniciei na época balnear em pleno Inverno - raios!)

JUSTIÇA

Na passada tarde de Sexta-feira, ia eu muito bem instalada no último autocarro da semana, a escutar música, quando me apercebo que havia motim a bordo. Tentei ignorar os braços no ar e a galhofa instalada entre passageiros que, até àquele momento, não se conheciam... mas a curiosidade e um certo sentido de dever levaram a melhor. Tirei os phones para ver o que se passava.

Num dos bancos da frente (aqueles reservados a grávidas, idosos e, pelos vistos, malucos) ia uma velhota aos berros. A voz já lhe saía rouca - suponho que por ir a gritar desde o começo da viagem - e o discurso era acompanhado por valente pancadaria com a mão na "lateral" do autocarro.

Infelizmente não consegui perceber tudo o que a senhora vociferava, embora tenha gravado um pouquinho das suas declarações (ossos - e instrumentos - do ofício...). Mas o refrão era qualquer coisa como:

«JUSTIÇA! JUSTIÇA! JUSTIÇA! JUSTIÇA! [ler de forma ritmada]
A trombeta do Diabo vai soar! Ele está lá em baixo à vossa espera!!!»


Seguiam-se insultos às mulheres «que andam por aí todas bem vestidas e calçadas, comidas e bebidas», mas fazem qualquer coisa que não consegui descortinar, contrária aos desígnios do Senhor. E o refrão, claro:

«JUSTIÇA! JUSTIÇA! JUSTIÇA! JUSTIÇA!
A trombeta do Diabo vai soar! Ele está lá em baixo à vossa espera!!!»


Às tantas decidi entabular conversa com a senhora ao meu lado, que de vez em quando sorria para mim e encolhia os ombros. «Afinal, do que é que ela vai a falar?», perguntei, afavelmente.

«Não sei... não compreendo... fala sozinha...», tentou a minha companheira de desgraça, pelos vistos hispânica. «Diz qualquer coisa do Diablo...».

Atrás de nós, um miúdo começa a ouvir «SMACK THAT!... SMACK THAT!...» do Akon no telemóvel. Lá à frente, a velha insistia na JUSTIÇA! JUSTIÇA! JUSTIÇA! A maior parte dos passageiros não continha o risco. O fim-de-semana estava à porta.

segunda-feira, 19 de março de 2007

Serviço Público

Sábado à noite, RTP em grande: emissão comemorativa dos 1000-mil-1000 programas do "Preço Certo em Euros", em directo do Coliseu do Porto (!), seguida de um concerto do Emanuel, gravado também numa das nossas salas nobres (não sei se na do Porto se na de Lisboa, que desgraçadamente adormeci e não vi o show).

sexta-feira, 16 de março de 2007

A Mulher Invisível

Ontem, ao sair do meu local de trabalho, a senhora da recepção, que honra os pergaminhos formais desta casa e nunca tentou estabelecer comigo qualquer relação além da profissional, teve de chamar-me para me dar um recado. Fê-lo gritando: «Oh... oh Liazinha!».

Ao chegar a casa, ouvi chinfrineira e gritos de crianças. Havia uma festa no rés-do-chão e duas miúdas calaram-se quando eu abri a porta da rua. Ao verem que era eu, chamaram uma terceira (a Mariana, neta da porteira), que entretanto se escondera na casa da avó. «Podes vir, afinal não é ninguém!...».

quarta-feira, 14 de março de 2007

MCR

Não há banda, neste momento, que mereça mais levar com uma alcateia de chapadas naquele focinho que os My Chemical Romance.



(pressinto também, neste preto e branco a atirar ao artístico, algo de billy-corganiano. Está decidido, vou comprar um espanta-espíritos)

terça-feira, 13 de março de 2007

Teste de Personalidade

Disse abaixo que não sou sombria, antes introvertida. A propósito, encontrei na Net um teste inspirado no Teste de Personalidade de Jung (o amiguinho do Freud). Resultado (científico!):

Your Type is
ISFJ
Introverted (33) Sensing (12) Feeling (50) Judging (44)

You are:
moderately expressed introvert
slightly expressed sensing personality
moderately expressed feeling personality
moderately expressed judging personality


Ou seja, uma mariquinhas e uma chata do caraças. Ainda dizem que estas coisas não têm credibilidade. Se quiserem experimentar...

Os nacionais outra vez

Não sou uma pessoa sombria. Introspectiva, quanto muito - mas prefiro o sol à sombra, os amigos ao isolamento, a cor ao negrume, essas tretas todas que alegadamente servem para descrever alguém. Então por que carga de água adoro como adoro (profunda, intensamente) as músicas destes gajos?...



Encontrei outro dia, numa loja bem perto de mim, o EP Cherry Tree. Nunca o tinha escutado, porque o trabalho dos National anterior ao digno de vénias Alligator nunca me encheu as medidas. Mas voltar para casa ao fim da tarde, enfrentar um engarrafamento (causado pela bola - o que mais havia de ser?) e ouvir o Matt Berninger a cantar «All Dolled-Up In Straps» é daqueles momentos capazes de mudar a vida a uma pessoa, caso ela não tivesse sido já mudada antes, por outras canções que tal. Assim, é "apenas" um reencontro, forte e feliz, com uma banda que, se não existisse, teria de ser inventada. A fórmula seria qualquer coisa como "dose extra forte de melancolia + letras espertinhas + cigarros qb + ingrediente mistério para apanhar mesmo aqueles que se acham imunes a estas cantilenas".

«I think I saw you riding in a car,
You looked happy for a woman
Black fingers in your mouth and a white,
And a white pearl choker»


(há dois pares de irmãos na foto acima, ou seja, nesta banda. Quem aguenta andar em digressão e gravar músicas e decidir coisas com quatro irmãos, dois deles gémeos, aguenta tudo. Talvez seja esse o segredo dos The National)

Sabemos que...

Sabemos que «Rehab», de Amy Winehouse, é o «Crazy» de 2007 quando entramos numa camioneta da Vimeca, ao fim da tarde, e ouvimos a voz borrachona da inglesa a sair do autorádio do condutor.

Tal como a musiqueta dos Gnarls Barkley, aos primeiros segundos de «Rehab» temos a sensação que a música podia ter sido feita em qualquer uma das quatro décadas que nos antecedem (tirando uma batidita aqui e acolá, na «Crazy»). Acho que é esta aura de intemporalidade que levou as rádios mais cafonas a abraçar músicas tão recentes e relativamente jeitosas (no que toca aos Gnarls Barkley, continuo a achar que os Pigeonhed faziam melhor, em finais dos anos 90. A Amy legisla bastante, no campeonato talentosa-ordinarona).

Ainda sobre o «Crazy», o começo da música faz-me sempre imaginar uma plateia de olhos esbugalhados e ar pensativo, como a que assiste ao «Purple Rain» do Prince, no respectivo vídeo.

(Já agora que aqui estou - e que não consigo encontrar imagens do tal vídeo - há lá coisa mais deprimente que aquele solo final de guitarra, no «Purple Rain»?)

segunda-feira, 12 de março de 2007

Saúde poética

Porque será que, de cada vez que faço uma pesquisa no google para saber a que maleita correspondem uns sintomas esquisitos, encontro poemas de amor e embevecidas declarações de luxúria?...

Hoje estou com uma dor de cabeça que nem dois comprimidos ajudam a passar. Escrevo no google "dor cabeça + latejar" e encontro coisas do calibre de «... ela passava e a minha cabeça não aguentava de tanta paixão, sentia-me latejar e...». Mais tarde sinto os ouvidos esquisitos. "dor cabeça + ouvidos estalar" dá qualquer coisa como «... as nossas cabeças juntavam-se e os corpos estalavam de prazer e emoção».

Raios me partam, onde é que se desactiva o modo mariquinhas-primaveril dos motores de busca?

The National

«Serve me the sky with a big slice of lemon»


iPod killed the radio star?

Esta manhã, ao entrar no autocarro, apercebi-me que o motorista sorria. Não era, de certeza, para mim, pensei. E não era mesmo - estava divertido, o senhor, com as chalaças futebolísticas dos locutores da rádio que ia a escutar. Incluiu mesmo o hino «Ser Benfiquiiista...».

Dei por mim a pensar que, nos dias que correm, os programas generalistas de rádio só podem mesmo ser uma conversa de café, cruzada com aquilo a que o Markl (?) chamava de desbloqueador de conversa. O tempo, o futebol, o Benfica, o sol, o frio que ainda ontem se fez sentir e olha como hoje já parece Primavera.

A rádio em Portugal está em queda acentuada, como nunca antes, estou em crer. Mas como pode não estar? Qualquer pessoa com meia dúzia de trocos e três ou quatro artistas favoritos pode investir num leitor de mp3 baratucho e ouvir as canções de que mais gosta mil vezes, sem interrupções nem anúncios nem comentários a despropósito. E cada vez mais o fazem.

Parecendo que não, isto custa-me. Quase tudo o que sou musicalmente, devo-a à rádio (ou a certos radialistas). Mas afastadas que essas personalidades vão sendo das nossas emissões, não hesito - sei que prefiro voltar ao "Alligator", dos National (tantos meses sem escutá-lo!) a ouvir a música que se seguiu às chalaças futebolísticas. «Seven Seconds Away», Youssou N'dour + Neneh Cherry.

quinta-feira, 8 de março de 2007

Marcas

Ontem cheguei a Benfica já perto das oito. Passei por uma loja chinesa de têxteis, um dos poucos estabelecimentos que ainda estariam abertos àquela hora, pensei eu. E tinha razão. Não contava era ver tanto mulherio a vasculhar os horrendos padrões da "Loja Maria" (não estou a brincar, esse é mesmo o nome da loja - embora como subtítulo apareçam uns caracteres chineses). Coisas da Primavera, com certeza.

Consegui vir-me embora sem gastar dinheiro. E saí da loja um pouco intrigada: acho bem que se confeccionem e comercializem roupas para todos os tamanhos de gente, mas será que uma etiqueta da "griffe" FAT BEAUTY não assustará alguma da clientela?

Arcade Fire

Começo a odiar Arcade Fire, e não estou a falar da música.

Frase escrita por um fã, algures nessa Internet: «If this album doesn't hit you emotionally you are one cold and bitter person».

quarta-feira, 7 de março de 2007

Xis Files, série três

Terceira série do House na Fox, terceira série dos X-Files no meu DVD - está a ser uma semana em grande no que toca a séries de culto.

Claro que mesmo mesmo os grandes, grandes "seriados" têm os seus calcanhares de Aquiles, ou por outra, pequenas dissonâncias e azelhices para as quais escolhemos olhar com carinho, em vez de escárnio.

No caso dos X-Files, muitas coisas me intrigam. Uma delas é: por que raio tem aquela gente de andar sempre tão bem vestida, se a qualquer momento o mais certo é terem de saltar para dentro de um esgoto (o clássico episódio do mutante!) ou perseguir um malfeitor não necessariamente terrestre? Percebo que seja uma questão de estilo, mas acho que os agentes Scully e Mulder só ficavam a ganhar se trocassem os sapatinhos de ir aos figos por umas sapatilhas confortáveis e os fatos de fino corte por uma roupinha aerodinâmica.

Posto isto, adorava usar aqueles casacos compridos e entrar num sítio aos berros: FEDERAL AGENT! Outro dia vi o Kiefer Sutherland dizer qualquer coisa parecida no 24, e o efeito esteve longe de ser o mesmo. Deve ser mesmo dos casacos.

terça-feira, 6 de março de 2007

House, terceira série

Guardei-me virginalmente para o arranque da terceira série do House na Fox. Significa isto que não espreitei episódios na net nem comecei a ver a nova temporada na TVI (isto porque sou burra e não me apercebi que já tinha começado). Ontem foi a grande noite: a do recomeço da saga, com o doutor House recuperado (?) da perna, a correr quilómetros e a tentar ajudar os paciente. Ou terá sido só para enganar os espectadores? O final do episódio sossega-nos, dando a entender que sim. Eu cá já decidi: gosto é de ver o House a mancar e a mangar com os pacientes. O resto é cumbersa.

E por falar em paleio, num raro momento de génio, a Fox colou à estreia da série 3 o último episódio da série 2 (antes) e uma entrevista de uma hora (!) ao Hugh Laurie, depois. Inesquecível, por todo o tipo de motivos.

quinta-feira, 1 de março de 2007

Malas

Gostava de ter, para uso individual, uma daquelas maquinetas de raio-x dos aeroportos.

Outro dia tive de ir fazer tempo para o café, por julgar que tinha deixado em casa a chave da porta. Estava na mala, mas só me apercebi disso no dia seguinte. Ontem pedi emprestado um gravador para recolher umas declarações; quando cheguei a casa percebi que o meu sonyzinho estava na divisória exterior da mala, que tive comigo o tempo todo.

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